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Mensagens da mãe e padrasto de Henry Borel foram deletadas

Policiais usarão um sistema de informática para recuperar as conversas que foram apagadas dos celulares de Monique e Jairinho

Paulo Moura - 31/03/2021 10h03

Vereador Jairinho concede entrevista ao lado de Monique, mãe de Henry Foto: Reprodução/Record TV

A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu que mensagens foram apagadas dos celulares da mãe de Henry Borel Medeiros, de 4 anos, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, e do namorado dela e padrasto da criança, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

De acordo com informações reveladas pelo jornal RJ2, da TV Globo, os agentes usarão um sistema de informática para recuperar as conversas. Henry morreu no último dia 8 de março em circunstâncias ainda não esclarecidas. O advogado André França Barreto, que defende o casal, disse que só irá comentar o assunto depois da conclusão da perícia nos aparelhos.

Na semana passada, 11 celulares foram apreendidos em endereços ligados a Monique, Jairinho e ao engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai de Henry. Depois da operação policial, na sexta-feira (26), segundo o advogado da mãe da criança, Monique percebeu que seu telefone havia sido invadido por hacker e procurou a delegacia de crimes de informática. Porém, como não conseguiu atendimento, ela fez um registro on-line na 16ª DP (Barra).

– Se apagaram ou não, não tenho essa informação. (…) Não conheço essa informação. E também não estranharia se apagasse porque é comum as pessoas apagarem as mensagens dos celulares. Eu, por exemplo, apago [as mensagens] dos meus [celulares] – afirmou Barreto.

Segundo a TV Globo, a polícia já ouviu 16 pessoas no inquérito que investiga a morte da criança. Na segunda-feira (29), o delegado titular da 16ª DP, Henrique Damasceno, ouviu a professora do Colégio Marista São José, onde Henry estudava, e também a psicóloga Érica Mamede, que acompanhava a criança. Em depoimento as profissionais disseram não ter visto qualquer anormalidade.

O FATO
O menino Henry Borel Medeiros morreu no último dia 8 de março, em um hospital da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram um fim de semana normal. Por volta das 19h do domingo (7), ele levou o filho de volta para casa onde este morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o médico e vereador do Rio, Dr. Jairinho.

Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 de segunda (8), ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.

Ao chegar ao hospital Barra D’Or, Monique e Dr. Jairinho informaram ao pai da criança que eles ouviram um “barulho estranho durante a madrugada e, quando foram até o quarto ver o que estava acontecendo, viram que a criança estava com os olhos virados e com dificuldade de respirar”.

De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente.

Como parte da investigação da morte de Henry, agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) recolheram imagens de câmeras do circuito interno de um shopping onde o garoto foi a um parquinho e do condomínio em que Leniel Borel morava. Segundo os investigadores, o menino chegou aparentemente saudável aos locais.

Na quarta-feira (17), Monique e Dr. Jairinho foram ouvidos separadamente por cerca de 12 horas, na 16ª DP. De acordo com a polícia, a mãe e o namorado só foram ouvidos nove dias depois do crime porque Monique estaria em estado de choque, sob efeito de medicamentos.

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