Gabriela Doria - 30/07/2021 14h21 | atualizado em 30/07/2021 15h16

Na busca pelos corpos dos três meninos desaparecidos no dia 27 de dezembro do ano passado, na Baixada Fluminense, a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Corpo de Bombeiros encontraram, nesta sexta-feira (30), em um rio em Belford Roxo, um saco com ossadas e fios de cabelo. Uma perícia irá determinar se o material pertence a Lucas Matheus da Silva, de 8 anos, Alexandre da Silva, de 10, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, de 11.

As buscas se iniciaram após um homem procurar a polícia, nesta semana, e denunciar que o irmão havia ocultado os corpos das crianças. Ele afirma ter visto o irmão jogar sacos em um rio da região no mesmo dia em que os meninos desapareceram.

De acordo com o portal Uol, que ouviu uma fonte, o homem que procurou o 39º Batalhão da Polícia Militar identificou o irmão como José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha. Ele teria feito isso a mando de um chefe do tráfico local.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que Silva foi detido após a declaração do irmão, e os dois foram ouvidos na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). O suspeito negou as acusações, alegando que o irmão estava tentando se vingar dele. A polícia chegou a pedir a prisão preventiva do homem, mas o Tribunal de Justiça do Rio negou. Os dois foram liberados.

Silva tem duas passagens pela polícia, por tráfico e furto. O envolvimento dele e de traficantes da região no caso continua sendo investigado.

FAMÍLIA SUSPEITA DE FALSA ACUSAÇÃO
Em entrevista ao jornal O Globo, a avó de dois do três meninos disse que não acredita que o suspeito possa ter ocultado os corpos dos garotos. Para Silvia Regina, as crianças “estão vivas” e a acusação seria uma forma de “despistar” as investigações.

– Como que uma pessoa pega três corpos em sacos sem saber do que se trata? Criança pesa, ainda mais três. E os corpos não subiram depois? Ninguém viu? É um relato muito estranho, parece inventado. Estão tentando despistar a polícia. Pra mim, eles estão vivos. Isso é história pra boi dormir – disse ela.

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