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Menina que amputou uma das pernas respira com aparelhos

Raquel Antunes teve as pernas imprensadas em acidente envolvendo carro alegórico

Thamirys Andrade - 22/04/2022 12h38 | atualizado em 22/04/2022 12h52

Menina que amputou uma das pernas respira com aparelhos
Estado da paciente é grave Foto: Divulgação

Raquel Antunes da Silva, menina de 11 anos que teve uma das pernas amputada após acidente com carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, está respirando com ajuda de aparelhos. Ela segue internada em UTI do Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, e seu estado de saúde é considerado grave.

De acordo com sua mãe, Marcela Portelinha Antunes, a família estava em uma lanchonete próxima ao Sambódromo quando Raquel se distanciou dos parentes para admirar os carros alegóricos. A garota subiu em um dos veículos enquanto ele ainda estava parado, na rua Frei Caneca. Quando o carro começou a se locomover por uma via estreita, ela acabou tendo as duas pernas imprensadas contra um poste.

Raquel foi submetida a uma cirurgia de 6 horas e precisou ter uma das pernas removidas. A outra, que também se encontrava em estado crítico, pôde ser salva. Segundo os médicos, a menina também teve traumatismo no tórax e parada cardíaca.

Grávida, a mãe de Raquel desmaiou ao visitar a filha no hospital e receber a notícia da amputação. Segundo relato de Marcela ao G1, ela não recebeu nenhum apoio da Liga das escolas de samba.

Em nota, a Liga havia dito que “acompanhou o caso na unidade hospitalar ao lado da família desde o primeiro instante”. A organização se disse “abalada” e que se solidariza com a família de Raquel.

– Prontamente, em menos de dois minutos, ela foi socorrida e levada ao Hospital Sousa Aguiar, onde foi submetida a cirurgias. Equipes das Ligas e da Escola acompanham o caso na unidade hospitalar ao lado da família desde o primeiro instante e também colaboram com as autoridades. Nesse momento, é preciso esperar a apuração da perícia e autoridades para novos esclarecimentos – diz a nota.

Em parecer nesta quinta-feira, o MP se manifestou dizendo que houve violação das normas de segurança por parte das escolas de samba. A entidade afirma que havia encaminhado um documento com antecedência destacando a necessidade de segurança na dispersão dos carros alegóricos.

A Justiça do Rio de Janeiro, por sua vez, determinou que todas as escolas de samba da cidade realizem escolta de seus carros alegóricos no trajeto entre a Sapucaí e os barracões. Também pediu o reforço da Polícia Militar e da Guarda Municipal nas ruas próximas à Marquês da Sapucaí.

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