Menina ianomâmi: PF diz que não encontrou indícios de crime
Órgãos que investigam o caso apontaram que ainda são necessárias diligências para completo esclarecimento
Paulo Moura - 29/04/2022 10h23 | atualizado em 29/04/2022 10h30
A Polícia Federal (PF) afirmou não ter encontrado indícios de prática de crime na comunidade Aracaçá, em Roraima, onde o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, alegou que uma menina de 12 anos teria sido estuprada e morta por garimpeiros.
Após o relato feito por Júnior, na última segunda-feira (25), agentes da Polícia Federal visitaram a comunidade na quarta (27) para apurar a situação. Além dos agentes da PF, também estiveram no local membros da Funai, do Ministério Público Federal (MPF) e representantes indígenas. Na quinta (28), as equipes voltaram para Boa Vista, capital de Roraima.
Antes da chegada da PF na comunidade, vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram um garimpeiro indagando indígenas do local sobre as acusações divulgadas pelo presidente do Condisi-YY. Além dessa gravação, um representante dos garimpeiros divulgou um áudio afirmando que a “paciência acabou” e que “vão responder igual” sobre as denúncias.
Em uma nota conjunta, que foi assinada pela PF, Funai e Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), foi dito que “após extensas diligências e levantamentos de informações com indígenas da comunidade”, não foram encontrados indícios do “óbito por afogamento”. O comunicado diz ainda que “as equipes, portanto, ainda estão em diligência em busca de maiores esclarecimentos”.
Já o MPF divulgou uma nota em que afirmou que, apesar da falta de indícios da prática de crimes, as “diligências demonstraram a necessidade de aprofundamento da investigação, para melhor esclarecimento dos fatos”.
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