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Menina de 2 anos é morta em casa a facadas; Pais se acusam

Pai e mãe deram versões conflitantes na delegacia

Gabriela Doria - 13/02/2020 15h25 | atualizado em 13/02/2020 15h28

Mãe é suspeita de matar a filha a facadas Foto: Reprodução

A Polícia Militar do Distrito Federal prendeu em flagrante, nesta quinta-feira (13), uma mulher suspeita de matar a facadas a própria filha, de apenas 2 anos e dois meses. O crime aconteceu na região de Vicente Pires. Segundo informações iniciais da PM, a mulher teria atacado a filha após uma “crise de ciúmes”. Ao ser abordada pelos agentes, Laryssa Yasmim Pires de Moraes, de 21 anos, confessou que tinha cometido crime.

– Não sei, não sei, não sei. Matei minha filha! Tenho certeza que está num lugar melhor – afirmou aos policiais quando foi encontrada ao lado do corpo da pequena Júlix Félix de Moraes.

Já na delegacia, Laryssa mudou a versão e apontou o companheiro e pai da criança, Giuvan Félix, de 26 anos, como o autor do crime. Ela disse também que na hora confessou o crime “porque estava nervosa”.

– Segundo a versão de Laryssa, ela teria acordado de madrugada com os gritos da menina, pois Giuvan teria sido o autor das facadas na filha. O depoimento dela teve contradições, assim como o dele – relatou o delegado Josué Ribeiro.

Ainda de acordo com a descrição dada pela mãe, ela se deparou com a cena do crime e logo em seguida Giuvan teria ligado para a emergência.

– Depois, Giuvan ligou para polícia e disse que Laryssa teria matado a criança, ainda de acordo com a versão dela. Ela diz que, com raiva da situação, pegou outra faca e tentou acertar o pai da menina. A mãe afirma que não chamou para a polícia porque estava sentada ao lado da filha tentando conversar com ela. O pai, após ter sido acertado pela peixeira, teria falado: ‘Achei meu álibi’, e depois teria continuado a ligação para a polícia – relembrou o delegado.

Giuvan, por sua vez, contou aos policiais que acordou “com a faca na cara”. Ele disse ainda que conseguiu se defender e tirar a arma de Laryssa. Em seguida, ao ver a filha, ainda tentou socorrer a criança, mas ela já estava morta. Ele então ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito da menina no local.

– O problema é que o ferimento do Giuvan não condiz com o ataque de alguém que queria sua morte, até porque o ferimento é superficial. O comportamento dos dois é muito estranho, ambos são muito frios, nenhum dos dois chorou durante o depoimento. Na minha opinião, eles queriam aquele fim para Júlia – destacou Ribeiro.

RELAÇÃO TURBULENTA
Laryssa e Giuvan estavam morando juntos há pouco mais de um mês. Segundo ele, a jovem foi expulsa da casa dos pais e ele a acolheu, junto com a filha.

– Laryssa era festeira, não tinha emprego e usava drogas. Por conta desse comportamento, a mãe a expulsou de casa. Ela foi para a residência do pai da criança. Lá, informou que estava reatando com sua ex-namorada. Giuvan não aceitava que sua filha convivesse com essa situação e avisou que tomaria a guarda da criança, fato que Laryssa não aceitou. Ele chegou a acionar a Defensoria Pública pela guarda da criança. A Laryssa dizia que nunca daria a guarda a ele – disse o delegado.

SUSPEITAS
O delegado Josué Ribeiro está mantendo o casal sob custódia porque ainda não conseguiu identificar o que de fato aconteceu. As versões conflitantes, segundo ele, terão que ser apuradas para que se estabeleça o autor deste crime bárbaro.

O que se sabe é que a menina morreu com pelo duas facadas, entre o pescoço e o peito. Ribeiro agora quer descobrir em qual cômodo a criança foi atacada.

 

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