Mendigo cita Deus e agradece por câmeras terem gravado ação
Morador de rua falou sobre as circunstâncias envolvendo episódio em que foi agredido após ser flagrado com esposa de personal trainer
Pleno.News - 24/03/2022 10h06 | atualizado em 24/03/2022 12h45

O morador de rua Givaldo Alves, de 48 anos, que foi flagrado com a esposa de um personal trainer dentro de um carro em Planaltina, no Distrito Federal, disse em entrevista que, se o ocorrido que o envolveu não tivesse sido gravado, ele provavelmente estaria preso atualmente. Na conversa, ele ainda atribuiu a presença de câmeras a uma providência divina.
– Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso [estupro]. Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso – declarou.
VERSÃO DO MORADOR DE RUA
Durante a entrevista, publicada pelo site Metrópoles nesta quinta-feira (24), o morador de rua negou que o ato sexual tenha sido criminoso. De acordo com ele, a relação foi consensual, tendo a própria esposa do personal trainer o convidado para entrar no veículo.
– Eu andava pela rua e ouvi um grito: “moço, moço”. (…) Olhei para trás e só tinha eu. (…) E ela confirmou comigo dizendo: “Quer namorar comigo?”. (…) “Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para te levar ao hotel”. Então, ela disse: “Pode ser no meu carro” – relatou.
Givaldo alega também que só tomou conhecimento de que a mulher era casada quando recebia atendimento médico no hospital. Até aquele momento, ele diz ter achado que estava sendo vítima de uma retaliação após testemunhar um motorista em um carro arrastando propositalmente uma mulher na região alguns dias antes.
O morador de rua, que é baiano, contou que foi casado, tem uma filha de 28 anos, e peregrinou por cidades da Bahia, Tocantins, Minas e Goiás até chegar a Brasília. Na capital federal, ele estaria vivendo uma rotina nas ruas entre abrigos públicos e casas de passagens.
Em função da briga com o personal, Givaldo teria sofrido um edema no olho e ficado com a costela quebrada. Questionado se estaria arrependido de estar envolvido no caso, o homem disse que, se pudesse, não teria olhado quando a mulher o chamou.
– Se eu pudesse, não olharia para trás, para aquela voz – completou.
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