Megaoperação no Rio chega a 22 mortos, incluindo dois policiais
Ofensiva já registrou 81 prisões até o fim da manhã desta terça-feira
Paulo Moura - 28/10/2025 11h56 | atualizado em 28/10/2025 14h00

















A megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, já deixou pelo menos 22 mortos – incluindo dois policiais – e 81 pessoas presas. A ação, que mobiliza cerca de 2,5 mil agentes, faz parte da Operação Contenção, estratégia permanente do governo fluminense para combater a expansão do Comando Vermelho (CV).
Os alvos da ofensiva eram cerca de 100 traficantes, muitos deles vindos de outros estados. Ao menos 30 procurados são do Pará. Os criminosos reagiram com tiros e barricadas em chamas, e drones equipados com explosivos foram usados em retaliação contra as forças policiais. Colunas de fumaça podiam ser vistas de diversos pontos da cidade.
No confronto, nove agentes de segurança foram baleados – sendo dois mortos – e três civis ficaram feridos: um homem em situação de rua atingido nas costas, uma mulher que estava em uma academia, e um homem que estava em um ferro-velho. A polícia também apreendeu 31 fuzis, duas pistolas e nove motos. Entre os outros 20 mortos, que seriam criminosos, estão dois da Bahia e um do Espírito Santo.
De acordo com informações divulgadas pela TV Globo, os agentes mortos são dois policiais civis, identificados como: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita); e Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna).
Já entre os presos está Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, considerado um dos principais chefes do CV no Rio. De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos, a operação foi planejada inteiramente pelo estado, sem apoio do governo federal.
– Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro – resumiu.
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