Médico que fez aborto já foi excomungado duas vezes
Olímpio Moraes, católico de formação, ficou conhecido por realizar procedimentos em crianças que ficaram grávidas
Pleno.News - 18/08/2020 14h26 | atualizado em 18/08/2020 14h35
Alvo da revolta de ativistas pró-vida que foram até a entrada do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) no último domingo (16), o obstetra Olímpio Moraes, responsável pelo aborto na menina de 10 anos que foi abusada pelo tio no Espírito Santo, já viveu outras situações conturbadas e polêmicas ao longo de sua carreira.
Famoso por realizar abortos de grande repercussão, o médico, que é católico de formação, já chegou a ser excomungado em duas ocasiões pela Igreja Católica. A primeira delas foi em 2006, quando Moraes foi apontado como responsável por uma campanha que distribuiu a chamada “pílula do dia seguinte” gratuitamente para a população de Pernambuco durante o carnaval.
Já a segunda excomunhão, em 2009, veio do caso que marcou a carreira de Olímpio. O obstetra foi o responsável por realizar o aborto em uma menina de 9 anos, vinda de Alagoinha, em Pernambuco, que ficou grávida de gêmeos após ser abusada pelo padrasto. Na ocasião, ele chegou a combinar um carro escondido para levar a garota ao hospital onde ela passou pelo procedimento.
Após a situação se tornar pública, líderes católicos criticaram o ato. O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), arcebispo dom Walmor, classificou o caso como “crime hediondo”. Já o arcebispo da arquidiocese de Olinda e Recife, dom Antonio Fernando Saburido, afirmou que “Recife está com fama de capital do aborto”.
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