Maternidade é condenada por privilegiar esposa de Gagliasso
Para juíza, hospital errou ao deixar casal famoso entrar com fotógrafo durante restrições da pandemia
Ana Luiza Menezes - 10/10/2020 15h01 | atualizado em 13/10/2020 17h06

A Justiça do Rio de Janeiro condenou uma maternidade do Grupo Perinatal a pagar R$ 40 mil a um casal que não pôde registrar com fotógrafo profissional o nascimento da filha. O casal moveu uma ação porque a proibição do hospital não valeu para os atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, que foram autorizados a fotografar o filho Zyan, em julho.
Em sua decisão, a juíza Livia Mitropoulos Esteves Dias considerou que o hospital errou ao privilegiar o casal famoso.
A magistrada destacou que os documentos do processo “comprovam a ausência de justificativa idônea para o tratamento diferenciado a um casal em idêntica situação de todos os outros, exclusivamente em razão de fama”.

– Vislumbram-se os sentimentos de frustração, revolta e diminuição sofridos pelos autores, que não puderam registrar profissionalmente o momento mais importante de suas vidas, mas viram tal permissão a outro casal, exclusivamente em razão de fama e do retorno midiático conferido à própria demandada – considerou a juíza.
Segundo ela, “não basta o discurso ético e solidário, é preciso agir eticamente e solidariamente”.
Leia também1 Jornalista Roberto Cabrini assina contrato com a Record
2 Globo desiste de fazer debates no 1º turno de SP, RJ, BH e Recife
3 Cecil Thiré, ator de A Próxima Vítima, morre aos 77 anos
4 Mãe de herdeiros da Globo é acusada de sonegação fiscal
5 "Globo me chamou feito louca para eu voltar, mas nunca quis"