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Material humano é achado em casa de família vítima de cárcere

Segundo a Polícia Civil, substância pode indicar um corpo em decomposição. Vizinhos denunciaram a possibilidade de um terceiro filho do casal

Gabriel Mansur - 01/08/2022 20h12 | atualizado em 02/08/2022 12h00

Casa onde a família foi encontrada Foto: Reprodução

O Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) analisa o material biológico humano encontrado na casa onde um homem manteve a mulher e os dois filhos em cárcere privado por 17 anos, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, a substância pode indicar um corpo em decomposição. A informação é da CBN.

O material foi encontrado, no sábado (30), por dois cães farejadores do Corpo de Bombeiros, durante uma busca para checar se havia restos mortais de uma criança no imóvel. A denúncia foi feita por vizinhos.

A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) apura a possibilidade de haver corpos enterrados no quintal ou emparedados no interior da casa. Os investigadores foram notificados de que o casal teria um terceiro filho, que pode ter morrido de desnutrição e ter sido escondido ali mesmo no imóvel.

Em busca de indícios sobre esse suposto novo crime, peritos levaram amostras de terra e objetos dentro de sacos. A polícia agora aguarda os resultados desses exames. Mas há expectativa de que policiais da Deam de Campo Grande voltem ao local ainda esta semana.

SUSPEITO ESTÁ PRESO
O acusado Luiz Antônio Santos Silva, de 49 anos, está preso preventivamente. Ele deve responder por cárcere privado, maus-tratos, tortura e violência doméstica. Na decisão da Justiça, que converteu em preventiva a prisão em flagrante de Luiz Antonio, a juíza Monique dos Santos Moreira afirmou que “os fatos são de extrema gravidade” e que a família foi submetida “a sofrimento físico e psicológico”.

A magistrada destacou ainda que “além do intenso sofrimento físico causado, já que, além de agressões, as vítimas eram mantidas amarradas”, Luiz Antônio “privava os familiares de alimentação e condições mínimas de sobrevivência”.

Depois do resgate, a mãe e os dois filhos passaram por atendimento no hospital, mas já receberam alta e foram levados para a casa de parentes. Agora, a família resgatada precisa de alimentos, fraldas, roupas, calçados, itens de higiene e material de limpeza. As doações podem ser feitas nos centros de Referência em Assistência Social no Rio de Janeiro.

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