PF investiga envio de mão e placentas de Manaus para Ásia
Professor é suspeito de vender mão e placentas humanas para designer em Singapura
Pierre Borges - 22/02/2022 16h39 | atualizado em 22/02/2022 17h59
Na manhã desta terça-feira (22), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Plastina, que investiga suposto crime de tráfico internacional de órgãos humanos na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Segundo a corporação, o professor de Anatomia Helder Bindá Pimenta teria enviado uma mão e três placentas humanas plastinadas para Singapura, no sudeste da Ásia.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão: um na casa do professor e outro no laboratório de Anatomia da faculdade. Um mandado de afastamento de função pública também foi cumprido contra o docente.
De acordo com as investigações, indícios apontam que os órgãos haviam sido encomendados por um designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas produzidos com materiais de origem humana. O nome da investigação é uma alusão ao procedimento que teria sido utilizado pelo investigado para preservar os órgãos.
A plastinação consiste na utilização de métodos químicos para realizar extração dos líquidos corporais e dos lipídios de materiais biológicos, substituindo-os por resinas plásticas, como silicone, por exemplo. A aplicação da técnica paralisa a decomposição do material, resultando em um tecido seco, inodor e mais durável.
A UEA informou que a PF apreendeu um computador e peças anatômicas plastinadas que eram utilizadas nas aulas do laboratório de Anatomia.
Caso seja condenado, Helder poderá cumprir pena de até 8 anos de prisão por tráfico internacional de órgãos humanos.
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