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Mais um cão é resgatado em São Paulo após rinha

Animais resgatados estão sob cuidados do Instituto Luisa Mell,

Henrique Gimenes - 21/12/2019 15h35

Um dos cachorros resgatados de uma rinha em São Paulo Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Mais um cachorro supostamente usado em rinha foi resgatado em São Paulo. Segundo a ativista Luisa Mell, ele foi localizado após denúncia, na casa de um dos envolvidos no caso de Mairiporã.

O cão tem marcas de briga e vivia amarrado sob sol e chuva em um quintal, relatou a protetora, na sexta (20), em rede social.

Têm sido constantes os resgates e reações desde que a polícia descobriu uma rinha em Mairiporã, no dia 14.

TRATAMENTO
Os animais resgatados estão sob cuidados do Instituto Luisa Mell, do projeto Encontrei um Amigo e Pits Ales.

O protetor Alessandro Desco mostra em rede social o tratamento e evolução dos pit bulls.

Os animais são dóceis com humanos, embora tenham sido treinados para lutar e sejam agressivos com outros cães. Por isso, após o tratamento de saúde, deverá ser feita a reabilitação dos animais.

Alguns cães já estão sendo colocados juntos, para facilitar a interação e futuras adoções.

Mas o trabalho é contínuo.

– Quase todos os cães são extremamente assustados e medrosos. Qualquer barulho assusta, e eles se encolhem e fazem xixi de medo – escreveu.

Boston é um dos animais feridos em estado mais delicado. Está com alteração hepática e comprometimento de baço por causa dos anabolizantes, de acordo com o Pits Ales.

Por enquanto, os protetores são fiéis depositários dos cães. Eles só poderão ser colocados para adoção após decisão judicial.

RELEMBRE O CASO
A operação que fechou a rinha em Mairiporã ocorreu após investigação iniciada no Paraná, e contou com apoio da polícia paulista.

Era cena de terror, conforme o delegado Matheus Loiola, chefe da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) do Paraná. “Em 13 anos de polícia, nunca vi nada parecido”, diz. Segundo ele, a maioria dos policiais se comoveu com a situação dos cães.

Na ocasião, 17 animais foram resgatados -outros dois morreram-, e 41 pessoas que estavam no local foram detidas. Dessas, 40 acabaram soltas mediante fiança. Na quinta (19), porém, à Justiça determinou a prisão preventiva de 22 envolvidos -a polícia ainda não informou quantos já estão presos.

O animal encontrado na sexta pertence a um dos suspeitos -e que era considerado foragido, segundo Luisa Mell.

Como parte das investigações, outros 33 pit bulls foram encontrados em um sítio em Itu (SP). Na ocasião, a polícia informou que o responsável era um peruano detido na rinha.

Porém, de acordo com reportagem da TV Tem, uma empresária se apresentou como responsável pelo local, disse conhecer o suspeito há anos, mas que não sabia que frequentava rinha. O peruano morava no sítio e teria trabalhado no restaurante da empresária. Ela disse ser dona de 14 dos animais, negou maus-tratos e afirma querer os animais de volta.

No Paraná, mais cinco pit bulls foram resgatados na casa de um dos investigados na operação.

PUNIÇÃO
Em meio a esse caso, projeto de lei que amplia a pena para maus-tratos de cães e gatos foi aprovada nesta terça (17) pelo plenário da Câmara. O texto agora segue para análise no Senado.

A pena atual é considerada branda por permitir aos agressores ficarem em liberdade e converterem a punição em prestação de serviço.

O secretário executivo da Prefeitura de São Paulo e ex-deputado federal Ricardo Tripoli abriu um abaixo-assinado pela aprovação de um projeto de lei de sua autoria, de 2011, que aguarda votação no Senado desde 2015.

Essa proposta endurece a punição para maus-tratos, incluindo rinhas. O projeto prevê, por exemplo, pena de 3 a 5 anos de prisão para quem matar cão ou gato.

*Folhapress

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