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Mãe que matou a filha foi garota de programa e temia por ela

Mulher disse que não queria que Luna seguisse os mesmos passos

Pleno.News - 19/04/2022 12h03 | atualizado em 19/04/2022 12h24

Mãe que matou a filha foi garota de programa e temia por ela
Luna Nathielli Bonett Gonçalves Foto: Reprodução

A mãe de Luna Nathielli Bonett Gonçalves, criança de 11 anos morta a socos e pontapés em Timbó, Santa Catarina, disse em depoimento às autoridades que já trabalhou como garota de programa e não queria que a filha seguisse seu exemplo. A mulher afirmou que teve um ataque de raiva após descobrir que a menina tinha um namorado e havia se tornado sexualmente ativa. As informações foram divulgadas pelo delegado responsável pelo caso, André Beckman Pereira.

– Ela contou que foi prostituta e não queria que as filhas seguissem pelo mesmo caminho. Por isso, não aceitava que ela tivesse esse tipo de relações – declarou Pereira, segundo o portal G1.

O crime está sendo investigado como feminicídio por uma questão da “qualificadora”.

– O feminicídio é um homicídio qualificado pelo razão do sexo feminino em contexto de violência doméstica e familiar – explica o delegado.

PROIBIDAS DE IREM À ESCOLA
Além de Luna, a mulher tinha mais dois filhos: uma menina de 6 anos e um bebê de nove meses. Ela morava com as crianças e com seu parceiro, um professor de jiu-jítsu, com quem estava em um relacionamento há cerca de um ano.

Segundo a polícia, a mãe proibiu Luna e a outra filha de 6 anos de irem para a escola ao descobrir que a mais velha tinha um namorado. As faltas ocorreram durante todo o mês de abril. A instituição alega que estava reunindo os documentos necessários para acionar o Conselho Tutelar. O colégio ainda informou que a família havia pedido os documentos das meninas para transferi-las para outra escola.

SEM EMOÇÕES
Durante o depoimento em que confessou ter matado Luna, a mãe não demonstrou sentimentos, segundo contou o delegado.

– Ela não mostrou nenhum tipo de emoção, apenas ficou olhando para baixo e falando baixo. O padrasto até se emocionou. Ele me contou que foi ameaçado – detalhou Pereira.

O homem de 41 anos chorou ao relatar que foi apontado como culpado pelas pessoas e que perdeu o emprego. Tanto ele quanto a mãe de Luna estão presos temporariamente. Ele possui passagens policiais por violência doméstica, dano, lesão corporal, estelionato e posse de drogas.

ATESTADO DE ÓBITO
Luna foi levada ao hospital na noite da última quinta-feira (14), com diversas lesões pelo corpo, incluindo lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino e laceração nas partes íntimas. De acordo com o laudo, ela morreu de politraumatismo.

Ao investigar a casa, a perícia encontrou manchas de sangue perto do quarto de Luna, no sofá, em uma calça masculina, em uma toalha e uma fronha.

As autoridades investigam se houve crime contra a dignidade sexual da criança e qual seria o envolvimento do padrasto no crime.

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