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Mãe da menina Ágatha: “A justiça divina está sendo feita”

Pais de Ágatha falaram pela primeira vez sobre a morte da filha

Gabriela Doria - 24/09/2019 15h03

Pais de Ágatha Félix no programa Encontro com Fátima Foto: Reprodução

Quatro dias após a trágica perda da filha, os pais da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, morta com um tiro de fuzil no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, deram um depoimento emocionante no programa Encontro com Fátima, da TV Globo. Emocionados, Vanessa Francisco Sales e Adegilson Félix falaram de justiça divina.

– Minha filha, minha pequena, minha perfeita. Naquele dia, juntas como sempre, indo para casa com a minha irmã. Ela no meu colo. Eu tenho que ter forças para falar por ela, porque a justiça divina está sendo feita e está mexendo com a justiça dos homens. Eu tenho que falar por ela, estou aqui por ela – disse Vanessa.

A mãe da pequena Ágatha também afirmou que as orações estão ajudando a família.

– Meu anjinho foi para o céu, minha perfeita, meu anjo. Estou chorando com outras mães. Quando via outras notícias, eu também chorava. Ela está no céu, eu sei disso. Estou tendo forças. Todo mundo que está transmitindo essa força, essa oração está chegando ao céu – declarou.

O pai da menina, Adegilson, também se emocionou ao lembrar da filha.

– Era uma menina especial. Adorava fazer tudo o que uma menina, uma criança faz. Ela adorava tirar foto, fazer careta. Quem tomava conta dela era a minha mãe porque a gente trabalhava – disse Adegilson.

Moradora do Complexo do Alemão, Vanessa relatou as dificuldades impostas pela violência.

– Minha filha era perfeita, desenhava, era estudiosa, obediente. Eu admirava a obediência. (…) A gente se escondia para não acontecer o que aconteceu. A gente se escondia no box do banheiro. A minha princesa. Ela era perfeita. Estou aqui para dizer que ela era perfeita. Ela era uma menina muito inteligente. Está me confortando isso também, porque ela tinha muito amor. Eu pedia a Deus sabedoria para educar a minha filha nesse mundo muito mau. Eu tentava transbordar o amor que sentia por ela para ela. O pai dela também. Ela vivia sorrindo, queria ajudar as pessoas. Ela era muito do bem. Ela tinha tinta guache, pincéis. Tinha gibis, sentava na cama e lia. Só não consegui realizar um desejo dela, que era comprar a revistinha da Mônica dos adolescentes. Não consegui achar – lamentou Vanessa.

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