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Lojistas de Campinas cogitam desobedecer Doria e abrir lojas

Empresários ficaram frustrados com fala que levantou chance de estabelecimentos continuarem fechados

Pleno.News - 06/05/2020 14h10 | atualizado em 06/05/2020 14h15

João Doria, governador de São Paulo Foto: Reprodução/TV Globo

Comerciantes da região de Campinas, maior cidade do interior paulista, podem começar uma campanha de “desobediência civil” e abrir as portas à revelia do governo, caso o governador João Doria não anuncie o início da flexibilização do isolamento nesta sexta-feira (8), diz Edvaldo de Souza Pinto, presidente do Conselho da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).

– Será um caos se adiarem a flexibilização. Vai quebrar muita gente. Os lojistas estão cogitando partir para a desobediência civil e abrir as lojas de qualquer jeito – diz Pinto.

Doria afirmou, na segunda-feira (4), que as cidades onde não houver taxa de isolamento social acima de 50% estarão automaticamente excluídas do relaxamento de quarentena que será anunciado no dia 8.

Campinas, onde houve 25 óbitos por covid-19 e 418 casos confirmados, registrou índice de 45% na segunda-feira (4) e tem se mantido nessa faixa durante a semana.

O presidente da ACIC afirmou que a fala do governador paulista como “um balde de água fria” no entusiasmo dos lojistas que tinham esperança de que o comércio na cidade de Campinas pudesse ser reaberto ainda nesta semana.

– Havíamos ficado muito entusiasmados com o projeto de abertura apresentado pelo prefeito (dia 27 de abril, prevendo início de flexibilização no dia 4 de maio), todos os lojistas planejando a volta ao trabalho, e aí o governador jogou um balde de água fria – reclama.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), que também é presidente da Frente Nacional de Prefeitos pressionou Doria a iniciar a abertura em cidades do interior.

– É o momento de ele (Doria) começar a ter um pouco mais de empatia com a camada da população que está sofrendo com (a quarentena); se ele chegar agora no dia 8 e disser que será estendido (o isolamento) até dia 30, vai ser muito complicado, vamos ter grandes dificuldades, porque a gente está vivendo em um Estado de Direito, e estamos cerceando os direitos das pessoas – disse.

*Folhapress

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