Henrique Gimenes - 14/05/2020 16h52 | atualizado em 14/05/2020 17h13

Nesta quinta-feira (14), o empresário Mário Peixoto foi preso no Rio de Janeiro em uma operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Federal (PF). Ele é ligado ao governo de Wilson Witzel (PSC) e foi preso por suspeita de fraude nas compras destinados aos hospitais de campanha do estado.

Durante as eleições de 2018, no entanto, o senador Romário (Podemos-RJ), que disputava o governo estadual, já havia apontado a ligação entre Witzel e Peixoto durante um debate. Ao questionar o então candidato sobre a relação com o empresário, Witzel pediu um direito de resposta.

– Você conhece o Mario Peixoto, que lhe ajudou a fazer o seu plano de governo? – questionou Romário.

Witzel então rebateu.

– Direito de resposta – disse.

Romário não se abateu.

– Eu nem perguntei e você já tá pedindo direito de resposta? Você sabe que ele é sócio do Picciani e de alguns outros políticos que estão envolvidos na Lava Jato? – questionou.

O nome de Peixoto apareceu no acordo de delação premiada do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jonas Lopes. De acordo com o delator, o empresário era um dos responsáveis por pagar valor mensal de R$ 200 mil aos conselheiros da Corte em 2012 e 2013.

Mario Peixoto preso hoje, suspeito de fraude em compras de hospitais de campanha. Em 2018, Witzel e Romário no debate:

– Você conhece o Mario Peixoto, que lhe ajudou a fazer o seu plano de governo?
– Direito de resposta
– Eu nem perguntei, você já tá pedindo direito de resposta pic.twitter.com/wZAKT8jKlf

— Gabriel Barreira (@barreiragabriel) May 14, 2020

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