Lewandowski: Castro deve assumir responsabilidade ou jogar a toalha
Declaração ocorre em meio à megaoperação policial do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho
Thamirys Andrade - 28/10/2025 18h40 | atualizado em 28/10/2025 19h07

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reagiu, nesta terça-feira (28), à declaração do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), sobre o governo federal ter recusado atender pedidos de ajuda às Forças Armadas em operações policiais no estado.
Segundo o ministro, Castro tem de assumir suas responsabilidades, ou “jogar a toalha” ao reconhecer que não possui condições de gerir a segurança do estado.
O ministro indicou que caso opte pelo segundo caminho, o governador deveria solicitar intervenção federal, estado de sítio ou GLO (Garantia da Lei e da Ordem). No caso de todas essas medidas, o governo federal assumiria a área da segurança.
– Se ele sentir que não tem condições, ele tem que jogar a toalha e pedir GLO ou intervenção federal. Ou ele faz isso, se não conseguir enfrentar, ou vai ser engolido pelo crime – pontuou, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
As declarações ocorrem no mesmo dia da operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, com aos menos 64 mortos, quatro deles policiais. A ação tem como alvo o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
A operação mobiliza cerca de 2,5 mil agentes de segurança contra cerca de 100 criminosos da facção. Até o momento, 81 pessoas já haviam sido presas.
Segundo o governador, o Rio de Janeiro já solicitou apoio do governo Lula três vezes e teve seus pedidos negados. Castro também afirmou que o presidente é contra GLO.
– Já pedimos os blindados algumas vezes e todos foram negados. Falaram que tinha que ter GLO [Garantia da Lei e da Ordem], porque o servidor que opera o blindado é federal. E o presidente é contra a GLO. Cada dia nós temos uma razão de não emprestar e não colaborar. A gente entendeu que a realidade é essa – falou o governador a jornalistas.
Veja imagens da megaoperação a seguir:

















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