Laura Orlandi: Justiça confirma guarda da criança para o pai
Caso teve enorme repercussão em abril deste ano após a mãe de Laura fazer acusações, nas redes sociais, contra o pai da menina
Paulo Moura - 25/05/2021 14h37 | atualizado em 25/05/2021 15h33
Pouco mais de um mês após a polêmica envolvendo acusações de alienação parental e até de estupro, praticados contra a menina Laura Orlandi, de 3 anos, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) confirmou que a guarda da criança deve ser do pai, o advogado Cristiano Orlandi. A decisão, tomada no último dia 11, foi divulgada nesta terça-feira (25).
De acordo com a assessoria do advogado, a Quinta Câmara de Direito Civil do TJSC decidiu a favor de Orlandi por unanimidade, após receber parecer favorável do Ministério Público para manter a guarda provisória unilateral – que é quando um dos pais fica com os cuidados, e o outro tem contato com a criança em momentos esporádicos.
O processo judicial na Vara da Família, que vai definir a guarda definitiva da menina, prossegue na fase de produção de provas, de acordo com a assessoria de Orlandi.
Um Inquérito Policial da Delegacia de Proteção da Criança e Adolescente de São José (SC) também concluiu pela inexistência de abusos contra a menina, seja de maus-tratos ou de negligência por parte do pai ou na casa dele.
O pedido de alteração de guarda compartilhada para unilateral havia sido feita pelo pai, em agosto de 2019, após ele receber denúncias de que a criança vivia em ambiente inapropriado com a mãe.
Desde novembro de 2020, por decisão liminar do Tribunal de Justiça de Santa Catarina – TJSC, a mãe perdeu a guarda da filha, que passou a ser exclusiva do pai.
O FATO
O caso da menina Laura Orlandi, de 3 anos, mobilizou a internet no final de abril em torno de denúncias, feitas pela mãe da criança, Tatiana Mari da Silva, de que a menina estaria sofrendo maus-tratos e até abuso sexual enquanto estava na casa do pai, o advogado Cristiano Orlandi.
A página criada pela mãe no Instagram para divulgar informações sobre o fato, intitulada de Justiça por Laura Orlandi, tomou enormes proporções e chegou a ultrapassar a marca de 700 mil seguidores. No perfil, Tatiana chegou a compartilhar vídeos em que a menina chorava ao ser deixada com a família do pai, mas o conteúdo posteriormente foi excluído da rede social.
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