Laudo detalha como foi a morte do menino Rhuan
Penas para mulheres que cometeram o crime podem chegar a 57 anos de prisão
Jade Nunes - 12/06/2019 13h30 | atualizado em 14/06/2019 15h43

O menino Rhuan Maicon da Silva Castro, de 9 anos, foi decapitado ainda vivo, apontou laudo divulgado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Além do golpe inicial, no peito, a criança ainda tomou mais 11 facadas nas costas.
Rhuan foi morto e esquartejado pela própria mãe em 31 de maio, em Samambaia, região administrativa do Distrito Federal. Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, e sua companheira Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, de 28, confessaram ter cometido o crime.
A investigação policial foi encerrada e, segundo o delegado Guilherme Melo, do 26º DP, o inquérito pede a condenação, além do homicídio qualificado, por tortura, ocultação de cadáver, fraude processual – ter lavado a cena do crime, nesse caso – e lesão corporal gravíssima.
A soma das penas pode resultar em 57 anos de prisão para cada uma das mulheres, presas desde o dia 1º de junho.
Depois de terem cometido o crime, elas esquartejaram o corpo e tentaram queimá-lo em uma churrasqueira. Como a tentativa que carbonizar o corpo não foi bem sucedida, elas colocaram o corpo da criança em uma mala e jogaram dentro de um bueiro no próprio bairro em que vivem.
Os membros foram colocados em duas mochilas, que ainda estavam na casa da família e seriam descartadas posteriormente.
Além de Rhuan Maicon, o casal criava ainda uma menina de 9 anos, esta filha de Kacyla Pryscila. Ela foi encaminhada para o Conselho Tutelar após a prisão da mãe e da companheira dela.
A Polícia Civil suspeita que as duas crianças vivessem na casa em cárcere privado, já que ambas não frequentavam a escola e raramente eram vistas pelos vizinhos do casal. Segundo a polícia, o garoto que foi morto teve o seu pênis cortado há cerca de um ano pela própria mãe.
Natural do Acre, Rosana Auri da Silva Cândido fugiu com o filho há cerca de cinco anos após ter perdido a guarda deste para o pai em decisão da Justiça. Neste período, Rosana, Kacyla e as duas crianças moraram em Alagoas e Goiás até se mudarem para o Distrito Federal.
No depoimento dado à polícia, a mãe disse que matou o filho porque este seria um empecilho para o seu atual relacionamento, já que ele remetia ao seu antigo vínculo com o pai da criança.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil do Distrito Federal. O avô da criança, Francisco Chagas, de 63 anos, afirmou que há cinco anos buscava pistas do paradeiro do neto.
Rosana namorou com o filho de Chagas por dois anos, segundo ele, e, após engravidar, passou a viver na casa da família do companheiro em Rio Branco.
O casal se separou, mas Rosana permaneceu morando na casa do sogro junto com a criança. Em 2014, ela fugiu junto com o filho e não deu mais notícias.
Neste período, a família denunciou Rosana à polícia e espalhou fotos da criança em redes sociais em busca de informações sobre ela.
*Folhapress
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