Justiça proíbe retorno às aulas presenciais no Rio de Janeiro
Desembargador suspendeu decreto do prefeito Marcelo Crivella que liberava o retorno para escolas privadas
Henrique Gimenes - 06/08/2020 17h54 | atualizado em 06/08/2020 18h59
Nesta quinta-feira (6), a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu um decreto do prefeito da capital, Marcelo Crivella, que liberava o retorno às aulas presenciais em escolas privadas. A decisão foi do desembargador Peterson Barroso Simão, da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). A informação foi dada pelo jornal O Globo.
O decreto foi assinado no dia 22 de julho e permitia que escolas particulares pudessem retomar as aulas presenciais de turmas do 4º, 5º, 8º e 9º anos em agosto. De acordo com o veículo, sete escolas do Rio de Janeiro já haviam adotado o retorno com medidas de distanciamento dos alunos.
Ao decidir suspender o decreto, o desembargador apontou a “a gravidade do cenário adverso à população” e destacou que o “isolamento social, segundo a ciência, é a forma mais eficaz de combate à pandemia, visto que ainda não há vacina para a doença”.
Peterson Barroso Simão disse ainda que “é fácil constatar que não estamos preparados para combater e vencer este supervírus” e que liberar as aulas poderia “efetivamente e de forma concreta prejudicar e colocar em perigo a vida e a saúde da população”.
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