Justiça impede quebra de sigilos de Jairinho e Monique Medeiros
Pedido foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro
Pierre Borges - 05/08/2021 17h15 | atualizado em 14/10/2021 15h41
A justiça do Rio de Janeiro negou que o ex-vereador Jairinho e sua namorada, Monique Medeiros, responsáveis pela tortura e assassinato de Henry Borel, de 4 anos, tivessem seus sigilos bancário e fiscal quebrados. A decisão foi proferida pelo juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
O pedido havia sido feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) após levantar “indícios de que Jairinho estaria dissolvendo seu patrimônio para tentar deixar de pagar uma eventual indenização”.
Entretanto, na decisão proferida na última terça-feira (3), o juiz escreveu que “não foram apresentados mínimos indícios de presumida ocultação de patrimônio, com a finalidade de impedir o pagamento de indenização eventualmente imposta por este juízo”.
Jairinho e Monique estão presos desde o dia 8 de abril, acusados de homicídio triplamente qualificado. O filho de Monique, Henry Borel, sofreu 23 ferimentos e morreu devido à “hemorragia interna e laceração hepática”, de acordo com o laudo do IML. As investigações apontam que Jairinho torturava Henry e que Monique era cúmplice.
O ex-vereador também foi denunciado por violência doméstica e por mais dois casos de tortura a filhos de ex-namoradas. No dia 30 de junho, ele perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar, em decisão unânime da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
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