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Justiça de São Paulo liberta homem acusado injustamente

Ele havia sido acusado por abuso sexual de menores; filhos comemoraram a decisão

Camille Dornelles - 02/03/2018 08h54 | atualizado em 02/03/2018 10h59

Filhos Andrey e Aline comemoram soltura do pai Foto: Innocence Project Brasil

A Justiça de São Paulo decidiu absolver o vendedor Atercino Ferreira de Lima Filho, de 51 anos, acusado há quase um ano de abusar sexualmente de seus filhos menores de idade. Ele havia sido condenado a 27 anos de prisão. Com a decisão, será solto ainda nesta sexta-feira (2).

A sentença foi dada em 2004, baseada no depoimento dos filhos, então de 6 e 8 anos. Porém, a partir de 2012, o casal de filhos, Andrey e Aline, alegaram que haviam mentido no depoimento por terem sido ameaçados.

Em 2017, quando o pai já estava preso, Andrey concedeu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo e afirmou a inocência de Atercino.

– É um inocente que está passando por coisas que eu não quero nem imaginar, por uma coisa que realmente não aconteceu. Sou um filho querendo trazer justiça para o próprio pai, um homem justo, limpo, honesto, nunca fez nada de errado nesse sentido – declarou.

O jovem chegou a registrar em cartório uma declaração de que nunca havia sofrido abusos por parte do pai. “Eu, quando criança, era ameaçado e agredido para mentir sobre abusos sexuais”, escreveu.

A organização norte-americana Innocence Project, que trabalha para retirar condenados injustamente da prisão, ficou sabendo do caso e começou investigações a pedido da família. Após encontrar indícios de que ele não havia cometido nenhum crime, como o resultado negativo do exame de corpo de delito.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu pela absolvição e investiga o caso e as motivações para os depoimentos falsos das crianças. Ao saber da decisão, a entidade comemorou em suas redes sociais.

– Atercino foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. No primeiro caso do Innocence Project Brasil, a vitória foi unânime: os oito Desembargadores do 7º Grupo de Câmaras Criminais reconheceram que Atercino foi condenado injustamente – celebrou.

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