Pleno.News - 05/11/2025 15h49 | atualizado em 05/11/2025 17h07

A Justiça de São Paulo tornou réu o deputado estadual Lucas Diez Bove (PL-SP) em um processo por violência doméstica, psicológica e perseguição contra a ex-mulher, a influenciadora Cíntia Chagas. A decisão foi tomada após o Ministério Público (MP) apresentar denúncia no mês passado. O pedido de prisão feito pela Promotoria foi negado, mas o parlamentar foi multado em R$ 50 mil por descumprir ordens judiciais.

Segundo o MP, Bove teria intimidado Cíntia de forma recorrente, chegando a apontar uma arma de fogo para ela e arremessar uma faca contra sua perna. O órgão afirma ainda que o deputado violou medidas protetivas ao citar publicamente a vítima e publicar ofensas nas redes sociais.

Cíntia, que tem mais de 7,6 milhões de seguidores, prestou queixa no ano passado relatando agressões físicas e psicológicas durante o relacionamento de dois anos. Após a decisão judicial, ela declarou:

– O réu acusou a delegada de negligência, rotulou o Ministério Público de “militante feminista” e a mim de mentirosa. A cada decisão que o contraria, ele elege um novo algoz. Eu, contudo, continuo acreditando na Justiça.

A advogada da influenciadora, Gabriela Manssur, afirmou que o recebimento da denúncia é “um passo fundamental no combate à impunidade” e reforçou a importância da Lei Maria da Penha diante de casos de violência digital e institucional.

A defesa de Bove comemorou o indeferimento do pedido de prisão e disse que o deputado “vai comprovar a falsidade das acusações”. Os advogados também criticaram o vazamento de informações do processo, que corre em segredo de Justiça.

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo arquivou, em agosto, uma denúncia contra o parlamentar por quebra de decoro, relacionada ao mesmo caso.

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