Leiliane Lopes - 06/06/2024 18h26 | atualizado em 06/06/2024 18h34

O juiz Alberto Jorge Correia de Barros Lima, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), absolveu o pastor José Olímpio da acusação de homofobia por ter declarado nas redes sociais, em março de 2021, que orava para que o ator Paulo Gustavo, que estava internado com Covid-19, viesse a morrer.

Para o juiz, faltou “prova plena” de que o pastor fez sua declaração com sentido LGBTfóbico ou que se dirigia a um grupo específico, o que poderia ser caracterizado como crime de racismo.

Paulo Gustavo foi internado com Covid-19 em 13 de março de 2021, causando grande comoção nas redes sociais. O pastor José Olímpio postou no Instagram uma imagem do ator encenando um filme de comédia, dentro de uma igreja diante de uma cruz, e desejou a morte do artista.

– Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si.

A família do ator entrou na Justiça e o religioso foi condenado na primeira instância. Mas neste recurso apresentado pela defesa do pastor, o juiz avaliou se o conteúdo da publicação poderia ser considerado um crime de ódio ou apenas um desejo de que Paulo Gustavo encontrasse alívio durante sua internação. O uso da expressão “dono dele” livrou o pastor da condenação, uma vez que o juiz ponderou se a fala foi uma referência a alguma entidade ou a Deus. Cabe recurso.

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