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Julgamento de George Alves e Juliana Salles os colocará frente a frente no dia 23

Camille Dornelles - 15/10/2018 12h33 | atualizado em 15/10/2018 12h38

Rainy e o filho Kauã, que morreu carbonizado Foto: Divulgação/Facebook

A Justiça Federal iniciou, na quarta-feira (10), o julgamento dos pastores Georgeval Alves e Juliana Salles, acusados de matarem os meninos Kauã, de 6 anos, e Joaquim, de 3, carbonizados.

A avó de Kauã, filho de Juliana Salles com Rainy Butkovsky, Marlúcia Butkovsky, foi a primeira testemunha de acusação ouvida no processo. Ela afirmou que nunca suspeitou de uma relação de maus-tratos de George contra o enteado.

– A gente nunca ouviu nada, nunca soube de nada. É difícil de falar. Se eu soubesse, meu neto estaria vivo. Não tinha condições. Eu queria ter tido essa percepção – declarou Marlúcia a jornalistas na saída.

Ela afirmou também que deseja que George e a esposa Juliana Salles receberam a “máxima condenação possível”.

– Que a condenação seja a máxima possível, porque eu acho que 30 anos é muito pouco para tanta maldade, tanta crueldade com duas crianças. No Brasil não tem prisão perpétua. Esses monstros fazem o que querem e depois de algum tempo estão soltos. É inaceitável uma situação dessas – afirmou.

O pai de Kauã, Rainy Butkovsky, também foi ouvido, e falou sobre o relacionamento do filho com a mãe, Juliana, e com o padrasto. George é acusado de molestar, agredir e matar carbonizados os dois meninos dentro de sua residência em Linhares, Espírito Santo.

O casal de pastores será colocado frente a frente pela primeira vez no próximo dia 23, quando realizarão audiência privada com o juiz responsável pelo caso.

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