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Jovem torturada quando criança perdoa e se torna missionária

"Perdoar não é esquecer; é lembrar e não sentir mais dor", disse Lucélia Rodrigues da Silva

Pleno.News - 11/06/2021 14h56 | atualizado em 11/06/2021 15h23

Lucélia Rodrigues da Silva Foto: Reprodução

A missionária Lucélia Rodrigues da Silva, de 25 anos, disse que escolheu perdoar a mulher que a agrediu durante a infância.

Há 13 anos, a história de Lucélia chocou o país, quando ela foi encontrada pela polícia amordaçada e acorrentada na área de serviço do apartamento da ex-empresária Sílvia Calabresi Lima, em um bairro nobre de Goiânia (GO).

– É possível [superar]. Eu perdoei, escolhi perdoar. Perdoar não é esquecer; é lembrar e não sentir mais dor – disse a jovem, em entrevista à TV Anhanguera.

A agressora de Lucélia foi presa em 2008, após as torturas terem sido descobertas. Na época, a vítima tinha apenas 12 anos de idade.

A ex-empresária foi condenada a quase 15 anos de prisão. Mas, em 2014, a Justiça concedeu o benefício de progressão de pena, e Sílva conseguiu ser transferida para o regime semiaberto.

Após ter sido resgatada pela polícia, Lucélia foi para um abrigo. Ela foi adotada por um casal de pastores. Atualmente, ela é casada e tem dois filhos.

Torturada na infância, missionária diz que perdoou agressora Foto: Reprodução

PASSADO TRISTE
As investigações apontaram que Lucélia foi morar com Sílvia, com autorização de sua mãe, para estudar. Porém, a rotina na casa da ex-empresária era bem diferente do combinado: além de ter que fazer todas as tarefas domésticas, a vítima apanhava diariamente e era torturada.

De acordo com o inquérito, um alicate foi usado para cortar a língua de Lucélia. Em outras ocasiões, a menina sofreu por ficar dias sem comer ou porque Sílvia colocava pimenta em sua boca, em seu nariz e em seus olhos.

O caso foi descoberto após a denúncia de um vizinho. O marido de Sílvia foi condenado a 1 ano e 8 meses por omissão. A Justiça condenou o casal a pagar uma indenização de R$ 380 mil por danos morais e estéticos, além de verbas trabalhistas a Lucélia.

A mãe de Lucélia, Joana d’Arc da Silva, foi a júri popular, no início de setembro de 2008, sob a acusação de ter recebido dinheiro para entregar a filha à Sílvia, mas foi absolvida.

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