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Jovem que teve barriga aberta em praia defende namorada

"É óbvio que minha namorada não tem nada a ver com isso", disse Gabriel Muniz

Pleno.News - 03/05/2022 16h56 | atualizado em 03/05/2022 17h07

Rapaz teve extenso ferimento na barriga Foto: Reprodução/Redes Sociais

O jovem Gabriel Muniz, que teve a barriga aberta durante um passeio em Guarapari, Espírito Santo, se manifestou a respeito do caso. Ele deu declarações por meio de um vídeo, que foi publicado nas redes sociais, no último domingo (1º).

Na gravação, Gabriel defendeu sua namorada, Lívia Lima Simões Paiva Pedra. Segundo ele, a garota não foi a autora do ataque.

– É óbvio que minha namorada não tem nada a ver com isso, ela assim como eu é vítima desse acontecimento e fica claro que tinha uma terceira pessoa ali que fez isso com nós dois (…). A gente foi roubado, isso é óbvio, é um fato, infelizmente isso parece que não foi nem levado em conta, foi roubado de mim um celular e uma caixinha de som, e a minha namorada tinha na bolsa dela R$ 80, que foram deixados eu acho R$ 4 ou R$ 6 espalhados na areia – disse Muniz.

Ele afirmou que o ataque partiu de outra pessoa.

– Lá é um parque aberto, com entradas pela região da mata e das pedras, além de uma portaria, que foi por onde a gente entrou, que conta com duas câmeras que ficam só no início. Estão mostrando nas reportagens que é como se fosse o único acesso, mas não estão levando em conta outras possibilidades, que abrange a que provavelmente a terceira pessoa fugiu. Lá é tão de fácil acesso que, no próprio dia, entrando no morro, demos de cara com três ou quatro pescadores. As pessoas vão lá com liberdade e facilmente quem fez isso fugiu pelas pedras ou pela mata – falou.

No entanto, para a polícia Lívia foi a pessoa responsável pelo agressão ao rapaz.

Ainda no vídeo, Gabriel disse que lembra de estar sendo golpeado enquanto via a namorada deitada na canga.

– Isso para mim mata tudo. Fora que o cirurgião facial que me operou disse que não era possível ter aquelas lesões no rosto que tivessem sido causadas por uma pessoa de 1,60 metros e 48 quilos, mas apenas por um objeto contundente e com os punhos. Quem fez as lesões provavelmente foi uma pessoa canhota, já que elas se concentram na parte direita do rosto – contou.

Lívia foi denunciada pelo Ministério Público como autora da agressão. A denúncia, que acompanha o indiciamento feito pela Polícia Civil, foi entregue à Justiça. A Rede Gazeta teve acesso ao documento e revelou, em abril, que a jovem, de 20 anos, agiu por motivação desconhecida e impulsionada pelo uso de drogas.

Na denúncia por lesão corporal grave não foi solicitada a prisão de Lívia. Ela deve responder em liberdade. Em caso de condenação, a pena para o crime é de prisão de dois a oito anos.

– A denunciada, utilizando objeto cortante, golpeou a barriga do réu e o rosto dele, causando-lhe as lesões gravíssimas estampadas nas fotos e vídeos juntadas aos autos, bem como no prontuário médico, que determinaram a debilidade permanente do intestino delgado da vítima, deformidade permanente e fratura da cavidade nasal e seio maxilar – aponta um trecho da denúncia.

SOBRE O CASO
O jovem de 20 anos acordou com um ferimento profundo na barriga, na madrugada de 16 de janeiro, após passar a noite na praia do Ermitão, em Guarapari, com a namorada. No ataque, ele teve parte do intestino removido, mas diz não se lembrar do que houve. A namorada também não se recorda do que aconteceu.

Em nota divulgada na época em que o fato ganhou repercussão, as famílias do rapaz e da namorada disseram que os jovens foram vítimas de um ataque durante uma tentativa de assalto. Um celular teria sido levado, além de dinheiro. Entretanto, nenhum suspeito foi preso e não se sabe qual objeto foi usado para cortar o rapaz.

USO DE ENTORPECENTE E ANESTÉSICO
Segundo relato do advogado das famílias do jovem e da namorada, o casal bebeu vinho e depois ingeriu um “quadradinho de papel”, expressão usada normalmente para se referir à droga LSD, pelo seu formato. De acordo com o advogado, a jovem relatou que aquela foi a primeira vez que eles fizeram uso de entorpecente.

Já no sangue do rapaz, segundo o prontuário médico, foi encontrada “dosagem alta de fentanil”, um analgésico de uso controlado que, em algumas situações, é utilizado como anestésico. Segundo especialistas, o analgésico é 50 vezes mais potente do que a heroína e 100 vezes mais forte do que a morfina.

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