Jovem que perdeu marido e filha em desabamento está no CTI
Kiara Abreu está em estado grave e instável
Pleno.News - 04/06/2021 12h28
A mulher que perdeu marido e filha no desabamento do prédio em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, está no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e tem quadro de saúde grave e instável. Maria Kiara Abreu, de 26 anos, foi levada para o Hospital Miguel Couto, na zona sul, após ser retirada dos escombros.
Ela estava no mesmo cômodo em que Nathan Gomes, de 30 anos, e a menina Maitê, de dois, que não resistiram à destruição. Cristã, ela se descreve como alguém que tem muita fé em Deus e muito grata pela vida que lhe foi dada.
A outra vítima do desabamento, uma mulher de 28 anos, também segue internada, mas o quadro de saúde é considerado estável. Nataniela de Souza Brás está no Hospital Lourenço Jorge, na zona oeste.
Às 9 horas desta sexta-feira, 4, a prefeitura do Rio retomou o trabalho de remoção dos escombros. Ao todo, segundo o Executivo carioca, 60 pessoas de diferentes áreas estão mobilizadas na operação. Ela inclui a retirada de entulhos, vistorias e auxílio a moradores.
Ainda é prevista a demolição de mais dois prédios. Após a limpeza da área afetada, as pastas de Conservação, Infraestrutura e a Defesa Civil analisarão o risco de desabamento de outros imóveis do entorno.
Em entrevista coletiva no período da manhã desta sexta, o prefeito Eduardo Paes (PSD) voltou a dizer que a prefeitura vem fazendo operações para coibir novas construções irregulares.
Segundo a Secretaria de Conservação, já foram demolidas mais de 300 construções em toda a cidade desde o início do ano, quando a nova gestão assumiu o município. Deste total, 180 foram nas áreas de AP 4 e AP 5, que englobam a zona oeste.
– O que acontece em Rio das Pedras é essa perda do monopólio da força do Estado, que é uma característica muito forte do nosso Estado. O que a gente precisa é retomar os instrumentos de fiscalização nas áreas existentes para que, no mínimo, essas construções parem de crescer, principalmente esse crescimento vertical – diz Paes.
Ao abordar a gravidade desse problema habitacional histórico da cidade, o prefeito afirmou que criminosos usam a população pobre como “escudo” em casos de construções irregulares.
– Ninguém constrói mais nada na cidade do Rio que a prefeitura veja e não derrube. Miliciano, traficante, vagabundo, malandro: construiu, vamos derrubar – diz.
*Estadão
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