Rafael Ramos - 03/09/2019 16h57 | atualizado em 03/09/2019 18h32

Um vídeo mostrando um adolescente de 17 anos sendo torturado por dois seguranças gerou revolta nas redes sociais. O caso aconteceu em agosto, em uma das lojas da rede de supermercados Ricoy, em São Paulo, mas só agora veio a público e virou alvo de inquérito policial.

Em depoimento ao 80º Distrito Policial, da Villa Joaniza, no Sul de São Paulo, o rapaz disse que foi torturado com fios elétricos trançados após roubar uma barra de chocolate. Um dos seguranças ainda teria ameaçado a vítima de morte caso relatasse às autoridades.

Os seguranças foram identificados como Santos e Neto. Segundo a polícia, eles encaminharam o garoto até um quarto nos fundos da loja, onde o despiram, amordaçaram, amarraram e torturaram por 40 minutos.

O advogado Ariel de Castro Alves, do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe) acompanhou as investigações e cobrou a punição dos responsáveis. Segundo ele, a pena varia de 2 a 8 anos e a tortura é considerada um crime hediondo.

Através do Facebook da Ricoy, internautas cobraram uma posição da empresa. O gerente do supermercado disse que os seguranças foram afastados.

– A empresa repugna esta atitude e foi com indignação que tomou conhecimento dos fatos por intermédio da reportagem. Que a empresa não coaduna com nenhum tipo de ilegalidade e colaborará com as autoridades competentes envolvidas na apuração do caso, a fim de tomar as providências cabíveis – diz a nota.

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