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Jairinho praticou tortura contra Henry semanas antes da morte

Policiais descobriram que Jairinho teria se trancado no quarto para bater no menino no dia 12 de fevereiro

Paulo Moura - 08/04/2021 07h28 | atualizado em 08/04/2021 09h35

Jairinho é preso no Rio de Janeiro pela morte do menino Henry Borel Foto: Reprodução/TV Globo

O vereador Jairo Souza, o Dr. Jairinho (Solidariedade), teria praticado ao menos uma sessão de tortura contra o menino Henry Borel, de 4 anos, semanas antes da morte do garoto, apontam as investigações do caso. De acordo com os policiais, Jairinho teria se trancado no quarto para bater no menino. A mãe de Henry, Monique Medeiros, teria conhecimento das agressões.

No dia 12 de fevereiro, de acordo com a polícia, Monique percebeu que Jairinho estava no apartamento, trancado no quarto, com Henry. Os agentes descobriram que ela estranhou a chegada do vereador mais cedo em casa.

Monique e Jairinho foram presos na manhã desta quinta-feira (8), por suspeita de serem os responsáveis pela morte da criança, no dia 8 de março. Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) afirmam que o garoto foi assassinado. Policiais ainda descobriram que Dr. Jairinho agredia o menino com chutes e golpes na cabeça e que a mãe sabia.

Sobre Monique, os policiais levantaram informações sobre o comportamento dela após a morte do filho que chamaram a atenção. Primeiro, ela chegou a trocar de roupa duas vezes até escolher o melhor modelo; estava toda de branco, para ir à delegacia.

Ainda de acordo com as investigações, no dia seguinte ao enterro do filho, Monique passou a tarde no salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca. Três profissionais cuidaram dos pés, das mãos e do cabelo da professora, que pagou R$ 240 pelo serviço.

Os policiais descobriram também que, após o início das investigações, o casal apagou conversas em seus telefones celulares. Eles suspeitam, inclusive, que o casal tenha trocado de aparelho. A perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) usou um software israelense, o Cellebrite Premium, comprado pela Polícia Civil no último dia 31 de março, para recuperar o conteúdo.

A primeira importante prova que chegou às mãos dos investigadores sobre o caso foi um laudo assinado pelo médico legista Leonardo Huber Tauil, feito após duas autópsias realizadas no cadáver da criança, nos dias 8 e 9 de março. A causa da morte foi determinada como “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado], causada por uma ação contundente [violenta]”.

No documento, o perito do Instituto Médico Legal (IML) descreve que a criança sofreu “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça. Ele apontou “grande quantidade de sangue no abdômen”, “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.

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