Jacarezinho: Ao menos 18 dos 24 mortos tinham antecedentes
Polícia Civil diz que fichas e identificações serão divulgadas após perícia
Pleno.News - 07/05/2021 18h07 | atualizado em 07/05/2021 19h22
Em nota publicada nesta sexta-feira (7), a Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que os primeiros 18 mortos identificados da operação no Jacarezinho tinham antecedentes criminais. Suas fichas e identificações serão divulgadas após os exames da perícia, diz a corporação.
Considerada a ação policial mais letal da história do estado fluminense, a Exceptis resultou em dezenas de feridos e 25 pessoas mortas, entre eles um policial e 24 suspeitos. Dez pessoas foram presas. A polícia também apreendeu armas, granadas, uma munição de míssil, além de drogas e plantação de maconha.
Coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a incursão da Polícia Civil objetivava cumprir mandados de prisão contra traficantes que estariam aliciando menores, e atuando no sequestro de trens da SuperVia pela maior facção do tráfico no estado, o Comando Vermelho.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que há indícios de “execução arbitrária”, e solicitou a Procuradoria Geral da República que investigue o caso. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) descreveu a ação como um “banho de sangue”. A Organização das Nações Unidas pediu que seja realizada uma “investigação imparcial”.
A Polícia Civil, contudo, garante que agiu dentro da lei durante a operação, e diz que ela foi planejada e necessária.
– A gente fez o nosso papel ao cumprir os mandados de prisão. Cada instituição tem o seu papel. A única execução que houve na operação foi a do policial – disse o chefe do Departamento-Geral de Polícia Especializada, Felipe Curi.
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