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Investigação sobre morte de vereadora pode virar federal

Procedimento foi aberto pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Caso pode sair da esfera estadual

Henrique Gimenes - 15/03/2018 16h31 | atualizado em 15/03/2018 17h45

Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, determinou abertura de processo que pode federalizar investigações da morte da vereadora Marielle Franco Foto: Agência Brasil/José Cruz

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, determinou, nesta quinta-feira (15), a abertura de um processo que irá estudar a possibilidade de se federalizar as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). Com a medida, a apuração do caso deixaria de ser feita pelo estado do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito por meio de uma nota.

A vereadora foi assassinada na noite desta quarta-feira (14) quando voltava de um evento na Lapa, no Centro do Rio de Janeiro. Ela estava em um carro no bairro do Estácio, no Centro, quando um carro parou ao lado. Dois homens efetuaram os disparos. O motorista, Anderson Pedro Gomes, também morreu. Uma assessora que estava no carro sobreviveu.

Na nota, a Procuradoria-Geral da República (PGR) expressou apoio “ao trabalho dos membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na pessoa do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, em relação às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes”.

Veja a nota completa da PGR:

A presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e procuradora-geral da República, Raquel Dodge, expressa integral apoio ao trabalho dos membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na pessoa do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, em relação às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Pedro Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. A vereadora se notabilizou por ser defensora dos direitos humanos e por dar voz às vítimas de violência no estado.

O Ministério Público está unido e mobilizado em torno do assunto. Foram designados a secretária de Direitos Humanos do CNMP, Ivana Farina, o secretário de Relações Institucionais do CNMP, Nedens Ulisses, e o secretário de Direitos Humanos da PGR, André de Carvalho Ramos, para se reunirem com o procurador-geral de Justiça Eduardo Gussen e autoridades do Estado para acompanharem o início das investigações.

Também na manhã desta quinta-feira (15) Raquel Dodge determinou a instauração de procedimento instrutório de eventual Incidente de Deslocamento de Competência, para possível federalização da persecução penal. Além disso, solicitou à Polícia Federal que, com fundamento na Lei n. 10.446 e no artigo 144-§1º-I da Constituição, adote diligências de investigação necessárias.

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