Internações por Covid mais que dobram na rede particular de SP
Grande parte dos pacientes tem apenas gripe forte e não chega a desenvolver pneumonia
Pleno.News - 14/01/2022 09h49 | atualizado em 14/01/2022 10h23
Com o espalhamento da variante Ômicron, as internações por Covid-19 mais do que dobraram em ao menos três hospitais privados de São Paulo, em comparação ao final do ano passado. No Hospital Israelita Albert Einstein, a alta foi de 707%. O Hospital Sírio-Libanês e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz também tiveram aumento.
O Hospital Israelita Albert Einstein informou que, no dia 31 de dezembro, tinha 14 pacientes internados por Covid-19, sendo 11 deles em leitos clínicos e três em unidades de terapia intensiva (UTI).
Nesta quinta-feira (13), o número de hospitalizados saltou para 99. Do total, 81 estão em apartamentos e 18 em unidades de terapia intensiva e semi-intensiva. Três deles estão entubados.
– Com a variante Gama, por volta de metade dos pacientes precisava de terapia intensiva, [pois] era um quadro bem mais grave. Agora, são casos em que os pacientes têm principalmente uma gripe forte. Não chegam a ter pneumonia. Até tem casos, mas são mais raros. Em média, o paciente fica cerca de três, dois dias internado por Covid (no Einstein). Há um ano, quando estava começando a subir a Gama, o índice estava em 9,5 dias. O quadro clínico é bem mais brando – explica o superintendente e diretor médico do Hospital Albert Einstein, Miguel Cendoroglo Neto.
AUMENTO
O Hospital Sírio-Libanês, por sua vez, informou que as unidades de São Paulo tinham 27 pacientes internados com Covid-19 no dia 31 de dezembro. Desse total, 22 pacientes estavam em enfermaria e outros cinco em leitos de UTI. Já em balanço feito na quarta-feira (12), o hospital contabilizou 67 pessoas hospitalizadas com a doença, 11 delas em UTI.
– Olhando por um panorama geral, o número de casos aumentou muito; é uma coisa notória. E, quando a gente aumenta esse número absoluto de casos, por mais que eles aparentem ter um quadro clínico pouco severo, até por estarem associados a uma maior taxa de vacinação, a gente tem um aumento do número absoluto de hospitalizados – explica a infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Carla Kobayashi.
A Rede D’Or São Luiz informou que seus hospitais na Grande São Paulo estão, em média, com um volume de atendimento em seus prontos-socorros 50% maior do que o habitual em semanas anteriores.
*AE
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