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Hospital garante em lista que anestesista atendeu 44 mulheres

Polícia investiga 50 casos suspeitos em apuração referente a apenas duas das 10 unidades em que trabalhava

Gabriel Mansur - 15/07/2022 19h40 | atualizado em 15/07/2022 20h03

A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti investiga a suspeita de que 50 mulheres podem ter sido vítimas de estupro cometido pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra em dois hospitais da rede estadual. São eles o Hospital da Mãe, em Mesquita, e o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti. Ambos são localizados na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Como ele trabalhava em outras oito unidades, entre públicas e particulares, o número de investigações tende a aumentar.

Neste sexta (15), o Hospital da Mãe de Mesquita enviou à Deam de São João de Meriti uma lista de 44 nomes de mulheres que, provavelmente, fizeram parto com o médico anestesista, de 31 anos, preso em flagrante no último domingo ao ser gravado enquanto abusava de uma parturiente no Hospital da Mulher, em São João de Meriti. Nas laudas, estão os nomes das mulheres e o dia que elas deram à luz. As informações são do jornal O Globo.

Fontes da Polícia Civil afirmaram que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) entrou em contato com a delegacia para pegar detalhes do inquérito, que deverá ser usado para uma possível exclusão do especialista do órgão.

No primeiro inquérito, este que o médico é gravado, a polícia já ouviu 15 pessoas. No segundo, que apura outros possíveis estupros de mulheres, até agora oito pessoas, incluindo cinco mulheres que fizeram o parto com Giovanni, já foram ouvidas.

Pouco depois das 15h30, uma vítima que deu à luz no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, no dia 16 de junho, deixou o local após prestar depoimento. Ela foi ao local espontaneamente e não quis falar com a imprensa.

DENÚNCIA DO MP
Nesta sexta-feira, a 2ª Promotoria de Justiça Criminal de São João de Meriti denunciou à Justiça o anestesista pelo crime de estupro de vulnerável, contra uma mulher que havia acabado de dar à luz, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, no domingo (10).

De acordo com a denúncia, os crimes em questão foram cometidos contra mulher grávida e com violação do dever inerente à profissão de médico anestesiologista. Para preservar e resguardar a imagem da vítima, o MPRJ requereu sigilo no processo, bem como a fixação de indenização em favor da vítima, em valor não inferior a 10 salários mínimos.

Segundo a denúncia, Giovanni Quintella Bezerra, “agindo de forma livre e consciente, com vontade de satisfazer a sua lascívia, praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vítima, que estava sedada e impossibilitada de oferecer resistência em razão da sedação anestésica ministrada.”

Sustenta que “o denunciado abusou da relação de confiança que a vítima mantinha com ele, posto que, se valendo da condição de médico anestesista, aproveitou-se da autoridade/poder que exercia sobre ela, ao aplicar-lhe substância de efeito sedativo”.

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