Ana Luiza Menezes - 16/10/2018 17h14

No Rio Grande do Sul, o Hospital Centenário decidiu afastar uma equipe de saúde que está sendo investigada por erro médico. Em vez de medicamentos, foi injetado leite na sonda venosa de um bebê prematuro de apenas sete dias de vida. A criança faleceu no último domingo (14) e foi aberta uma sindicância para apurar o caso.

Segundo o advogado Luciano Peixoto, que representa a família do bebê, houve confusão quanto ao uso das sondas. Uma delas era venosa, para aplicação de medicamentos, e a outra era via oral para ajudar na alimentação. Porém, na noite de sexta-feira o alimento foi parar na corrente sanguínea do menino.

– Apenas 12 horas depois, já no sábado de manhã, a família foi informada. Essa versão do leite dou passada pelo hospital à família. Agora, aguardamos a conclusão do laudo de necrópsia e do inquérito policial para analisar o que pode ser feito – explicou Peixoto.

A Polícia Civil está responsável pelas investigações. A família do garoto acusa o hospital de negligência. O atestado de óbito informou que uma das causas da morte foi uma infecção intravenosa causada por corpo estranho.

A direção do hospital manifestou profundo pesar e solidariedade à família. Eles emitiram uma nota sobre o assunto.

Diante da tragédia que reveste esta morte prematura, e para que não restem dúvidas quanto às práticas adotadas neste episódio, a direção do hospital informa que afastou a equipe de profissionais que estavam de plantão na UTI Neonatal, responsáveis pelo atendimento do paciente no turno em que teve início a alteração do quadro clínico. A medida do afastamento visa a assegurar a efetiva apuração dos fatos, até o resultado da sindicândia investigatória instituída pelo Hospital.

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