Hospitais de campanha no RJ podem não ser entregues
Unidades de saúde deveriam estar funcionando desde 30 de abril
Gabriela Doria - 21/05/2020 21h07 | atualizado em 21/05/2020 22h03
O novo secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Fernando Ferry, admitiu, nesta quinta-feira (21), que os hospitais de campanha em construção podem não ser entregues. Segundo Ferry, o atraso na abertura das unidades de saúde e a diminuição de novos casos podem tornar as unidades de saúde desnecessárias.
– A gente está vendo que, gradativamente, está diminuindo o número de casos. Isso faz parte da epidemia. Se a gente perceber que isso vai continuar, a gente vai deixar de construir as unidades e o valor será devolvido para o erário – disse o secretário ao RJ2.
Nesta quinta-feira, a organização social Iabas mudou, pela quarta vez, o cronograma de entrega dos sete hospitais de campanha prometidos. Agora, o calendário prevê o fim das obras até 18 junho. Inicialmente, as unidades de saúde seriam entregues em 30 de abril.
Até o momento, apenas o hospital de campanha do Maracanã foi aberto, ainda assim com apenas 200 leitos, dos 1.300 prometidos, funcionando.
O contrato firmado entre o estado do Rio de Janeiro e a Iabas prevê o repasse de R$ 770 milhões para a organização social entregar as obras. Até o momento, já foram pagos R$ 256 milhões.
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