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Homem revela ter sido laranja de esquema na saúde do RJ

Dono de empresa de construção teria participado de processos fraudulentos

Paulo Moura - 27/07/2020 13h04

Hospital de campanha no Maracanã Foto: Rogério Santana/Divulgação Governo do RJ

Com o desenrolar das investigações sobre o esquema de corrupção realizado na Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro durante a gestão do governador Wilson Witzel (PSC), alguns nomes antes desconhecidos começam a aparecer e confirmar como os atos criminosos funcionavam. Um desses personagens é Leandro Barreto Alevato, projetista e o nome que consta como responsável pela Backraft Construções.

A empresa foi uma das firmas que apareceu em licitações da Saúde para disputar concorrências direcionadas. Leandro, que confirmou ter recebido pedido de empréstimo do nome para participar dos processos, se defende dizendo que nunca ganhou nada e não sabia que o esquema desviaria dinheiro público.

– Perguntaram se eu poderia emprestar meu nome para disputar concorrências. Eu aparecia como dono de uma empresa (Backraft Construções), mas não respondia por ela. Não sei quantas propostas apresentaram para o Iabas. Nunca ganhei nada e não sabia que o objetivo era desviar dinheiro público. Hoje me sinto mal com isso – disse.

Luiz, a esposa, e outras três pessoas foram presas na semana passada acusadas de desviarem de mais de R$6 milhões em verba destinada à Saúde do Rio, do qual a Iabas, organização social que teria feito a contratação das empresas laranja, teve contratos de R$ 3,5 bilhões entre 2009 e 2019.

Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público estadual (MPRJ), a organização terceirizava serviços e comprava produtos de empresas dos mesmos sócios e diretores ou das laranjas. No caso, a Backraft Construções, do qual Leandro foi usado como laranja, apareceu no esquema apresentado pelo MPRJ como a de maior orçamento, forjando uma concorrência para obrigar a contração de uma empresa chefiada pela cunhada de Luiz Eduardo.

Ao longo dos 12 anos de existência, o Iabas recebeu cerca de R$5,2 bilhões em recursos públicos, dos quais R$ 3,5 bilhões foram pagos pela prefeitura do Rio. A organização foi descredenciada em 2019 quando a empresa municipal RioSaúde assumiu a gestão das unidades de atendimento médico.

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