Homem que vende abortivo pede fotos de fetos expelidos
Mulheres postavam o "feedback" em grupos na internet
Monique Mello - 21/08/2021 17h17 | atualizado em 21/08/2021 17h19

A Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais (DRCC) e a Polícia Civil de Goiânia investiga um esquema de vendas de abortivos em grupos de internet. De acordo com o levantamento, as vendas atingiram larga escala, alcançando todos os estados do país. Nos grupos, dezenas de mulheres trocam informações sobre o uso dos remédios, chegando a postar fotos de “antes e depois” do aborto concluído.
No comando de um desses grupos, está um homem apelidado de “Guga Cytotec”, em referência ao nome do medicamento comercializado clandestinamente. De acordo com as investigações, ele seria um técnico em enfermagem, de 29 anos, que trabalhava numa farmácia de unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital de Goiânia.
O criminoso solicitava que as mulheres enviassem fotos dos fetos expelidos como uma forma de “controle de qualidade”.
– Saiu um pequeno coágulo, bem grosso, mas foi só ele. O restante eu sangrei e parou. Aí senti dor de barriga, doeu demais. Aí eu fui dormir um pouco depois que tomei os últimos comprimidos agora, às 19 horas. E, agora, só sai um pouquinho de sangue, quase nada. E está escorrendo tipo uma água, mas não é muito – relatou uma das clientes, em conversas do grupo obtidas pelo Metrópoles.
Uma imagem divulgada pela Polícia Civil mostra a saudação do administrador do grupo, com garantia de “aborto seguro até 16 semanas”.

O suspeito chegou a ser alvo de mandado de busca e apreensão cumprido em fevereiro deste ano, no entanto ainda não foi preso. Sob alegação de violação à Lei de Abuso de Autoridade, os investigadores não revelaram a identidade do homem.
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