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Homem é acusado de aplicar golpes no Rio de Janeiro

Renato Almeida Alves já enganou diversas pessoas oferecendo trabalho

Gabriel Gontijo - 21/03/2018 17h00 | atualizado em 21/03/2018 19h20

Publicação no Facebook alerta para golpes dados por Renato Alves Foto: Facebook

Um radialista, Renato Almeida Alves, é acusado de aplicar diversos golpes na cidade do Rio de Janeiro e em municípios da região metropolitana. As vítimas são radialistas, jornalistas, motoristas executivos e fotógrafos.

Ele convidava profissionais de comunicação oferecendo trabalho freelance com pagamento de um valor fixo por mês – em alguns casos, o acordo era pagar por dia trabalhado – para fotógrafos e jornalistas cobrirem shows ao vivo. Após a realização do serviço, ele prometia o acerto no mês seguinte. Mas diversas pessoas até hoje nunca viram um centavo sequer. Além disso, vários motoristas de Uber e táxi foram vítimas desses golpes. Neste caso, a dívida com alguns passa de R$ 10 mil.

Essa é o situação do motorista Márcio Bragança. Ele falou ao Pleno.News que conheceu Renato através de um amigo, que é dono de um estúdio de gravação. Márcio também é músico, e não poderia realizar o transporte por causa de alguns shows agendados. Assim, ele passou o serviço para seu pai, que também é motorista.

– Meu pai começou a trabalhar para o Renato levando-o para locais onde faria coberturas de shows ao vivo. Eles combinaram por mês um valor que não era fixo, mas que era calculado na quantidade de deslocamento. O valor chegou a mais de R$ 12 mil durante um mês de trabalho.

Márcio revelou que o acusado dizia ter um apoio financeiro de um comerciante, mas que Renato nunca deu detalhes sobre esse patrocinador. Desconfiado, o músico descobriu que o radialista forjava tais conversas, pois tinha dois números e mandava mensagens de um telefone para outro.

Bragança publicou no Facebook um alerta, no dia 13 de março, sobre os golpes que ele e diversas pessoas sofreram. A publicação teve mais de 300 compartilhamentos. Ele também alegou que mais de 40 pessoas, ao todo, teriam sido enganadas.

A jornalista Carla Matera também foi vítima de Renato Alves. Ela contou que foi contactada por ele através das redes sociais e recebeu um convite para gravar um programa de web rádio.

– Na época, ele disse que tinha um programa de rádio que revelava novos talentos musicais. Eu cheguei a gravar dois programas. Mas depois não tive mais contato com ele.

Matera afirmou que não ouviu nenhum dos programas gravados e não sabe se alguém escutou o que foi ao ar.

Quem também caiu no golpe foi uma fotógrafa, que preferiu não revelar o nome. Ela contou que foi convencida a emprestar o equipamento fotográfico para Renato. O acusado passou a câmera para outra pessoa, que também tinha sido vítima dele. Depois de uma investigação particular, a fotógrafa conseguiu recuperar o equipamento.

Contra Renato Alves há um processo no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, além de boletins de ocorrência em, pelo menos, três delegacias: Catete (9ª DP), Copacabana (12ª) e São João de Meriti (64ª), na Baixada Fluminense.

Apesar das acusações e do processo, o CNPJ de Renato Alves (Renato Alves Produções) segue ativo na Receita Federal. O Pleno.News tentou contato através de dois telefones, mas ambas as ligações caíram na caixa postal.

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