Guerra na Rocinha: Exército atuará na comunidade do Rio
Tropas federais atuam de maneira conjunta com polícias do Rio de Janeiro
Camille Dornelles - 22/09/2017 12h43 | atualizado em 16/02/2018 07h19
Após um pedido do governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, as Forças Armadas atuam na comunidade da Rocinha, zona sul da cidade, a partir desta sexta-feira (22). O pedido foi feito no final da manhã, após um intenso tiroteio que provocou pânico nos moradores.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, autorizou a atuação de 950 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica na busca por traficantes. As tropas federais se unem à Polícia Militar e aos batalhões especiais – Batalhão de Choque e Batalhão de Operações Especiais (Bope).
De acordo com o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, o Exército será responsável por cercar a comunidade para que os PMs entrem pelas ruas. Depois de mais de quatro horas, foi reaberta a estrada Lagoa-Barra, que passa pela entrada da comunidade.
A Polícia também relatou tiroteios no Complexo do Alemão, Palmirinha, Jorge Turco, Maré, Morro Dona Marta, Vila Kennedy e Chapéu Mangueira. A Polícia Militar dos Estado do Rio informou que bandidos chegaram a lançar um explosivo – que seria uma granada – contra os agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
Escolas, unidades de saúde e comércio estão fechados na região. Vans e ônibus pararam de circular pelas ruas da comunidade e a universidade PUC-Rio, no bairro da Gávea, suspendeu as aulas do restante do dia.
O clima de guerra começou no último domingo, quando facções de traficantes entraram em conflito. Na segunda-feira, policiais entraram na comunidade para conter a guerra entre criminosos e mantêm um cerco na região há cinco dias.
*Atualizada às 14h34
+ Intenso confronto na Rocinha, no Rio, coloca região em risco
+ Polícia intervém em guerra de traficantes na Rocinha, RJ
+ Bope faz operação para buscar traficantes na Rocinha