Golpe a Padre Marcelo Rossi: Advogadas são inocentadas
Justiça entendeu que advogadas de escritora presa não tinham conhecimento da fraude
Paulo Moura - 18/09/2019 12h20 | atualizado em 18/09/2019 12h31

Em uma decisão judicial, três desembargadores determinaram a retirada do nome das advogadas Carolina Miraglia e Mariana Sauwen, responsáveis pela defesa da escritora Izaura Garcia, do processo que investiga fraude em uma acusação de plágio contra o Padre Marcelo Rossi. Izaura está presa por usar documentação falsa para fazer um acordo com a editora Globo, publicadora da obra.
As advogadas respondiam, até então, por formação de quadrilha, denunciação caluniosa, estelionato e uso de documentos falsos, por supostamente contribuírem com Izaura.
A Justiça, porém, entendeu que as defensoras não tinham conhecimento da falsificação, já que elas só foram chamadas para defesa em um processo que cobrava o descumprimento do acordo que havia sido feito entre a escritora e a editora Globo. Com isso, as duas serão retiradas do processo.
Izaura Mendes afirmava que Marcelo Rossi havia plagiado um trecho de um poema seu em Ágape, obra do católico publicada em 2010, pela editora Globo.
A escritora então enviou à editora um documento que afirmava ser um registro do livro que continha o poema na Fundação Biblioteca Nacional e conseguiu um acordo extrajudicial no valor de 25 mil reais.
Foi então que, em 2018, ela entrou com uma ação judicial contra Rossi e a editora, afirmando que o trecho de sua autoria continuava no livro do padre sem o devido crédito e pediu uma indenização de mais de 50 milhões de reais.
A escritora até conseguiu que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitisse, em abril de 2019, uma liminar suspendendo a venda de Ágape. Porém, o documento que a escritora havia apresentado não constava no arquivo da Biblioteca Nacional, era falso, o que motivou a prisão dela no dia 9 de maio.
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