Gestão Covas usará todas as vacinas disponíveis para 1ª dose
Medida foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde
Pleno.News - 27/01/2021 16h06 | atualizado em 27/01/2021 16h17
A gestão Bruno Covas (PSDB) definiu que vai usar as vacinas contra a Covid-19 já disponíveis para aplicar a primeira dose em grupos prioritários, sem reservar metade do lote para a segunda dose necessária. A medida consta de instrução de prioridades para imunização na capital paulista, divulgada na terça-feira (26), pela Secretaria Municipal de Saúde.
A campanha de vacinação na cidade de São Paulo começou no último dia 19, após o recebimentos de 203 mil doses da CoronaVac, desenvolvida em parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. Nesta semana, a capital paulista recebeu mais 165,3 mil doses da vacina da Universidade de Oxford e AstraZeneca.
Para a segunda remessa, o documento mais recente da pasta indica quais grupos devem iniciar a vacinação, uma lista que inclui, entre outros, todos os funcionários de hospitais públicos e privados exclusivos para Covid e trabalhadores de unidades de pronto-atendimento (UPA) e pronto-socorro (PS).
– As vacinas recebidas devem ser utilizadas na sua totalidade na primeira dose – afirmou a instrução.
O documento ressaltou, ainda, que “a segunda dose deve seguir a correspondência do mesmo imunobiológico recebido na primeira dose, com o intervalo recomendado pelos laboratórios”. Segundo a normativa, o intervalo para a CoronaVac é de duas a quatro semanas, enquanto para a vacina de Oxford é de quatro a 12 semanas.
Nesta quarta-feira (27), a gestão João Doria (PSDB) anunciou que enviará consulta ao Ministério da Saúde sobre a possibilidade de postergar a aplicação da vacina CoronaVac para um intervalo superior a 28 dias, como estava estabelecido até o momento. Defendida pelos cientistas do governo de São Paulo, a medida serviria para ampliar a base de profissionais da saúde a receber a primeira dose do imunizante.
– O quantitativo destinado à segunda dose será recebido do Programa Estadual de Imunização – informou o documento municipal.
Na instrução normativa anterior, atualizada no último dia 21, a gestão Covas informava expectativa de receber mais 203 mil doses de Coronavac para segunda dose “no prazo de 15 dias”.
Na primeira remessa, a capital priorizou profissionais da linha de frente do combate contra o novo coronavírus, como médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. Também foram destinadas doses a indígenas e idosos em instituições de longa permanência.
Em nota publicada no site institucional, a Secretaria Municipal de Saúde disse ter “plano de vacinação estruturado” e que poderia imunizar “até 600 mil pessoas ao dia”.
– O município vai mobilizar 27 mil agentes para a aplicação das doses, sendo 15 mil enfermeiros e 12 mil funcionários de apoio. Quinze milhões de seringas, 14 milhões de agulhas e os demais insumos necessários já foram adquiridos pela Secretaria Municipal da Saúde – informou.
A Secretaria também disse que São Paulo terá três mil pontos de vacinação, sendo mil postos fixos e dois mil “postos satélites”, que incluem praças, shoppings e até igrejas.
– A vacina é a única forma capaz de combater a ação do vírus, minimizar casos graves da doença e impedir mortes. Mesmo assim, se faz necessário o uso contínuo e correto das máscaras de proteção, a higienização constante das mãos e as medidas de distanciamento [social]. Evitar aglomerações diminui consideravelmente a circulação do vírus e a infecção das pessoas – disse a pasta.
*Estadão
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