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George Alves nega crime e diz que foi molestado na infância

Pastor prestou depoimento na CPI dos Maus-Tratos, presidida pelo senador Magno Malta

Jade Nunes - 25/05/2018 15h18 | atualizado em 25/05/2018 16h29

O pastor George Alves, acusado de molestar e matar o filho Joaquim, de 3 anos, e o enteado Kauã, de 6, prestou depoimento à CPI dos Maus-Tratos, presidida pelo senador Magno Malta, nesta sexta-feira (25).

Logo no começo da sessão, o senador disse que a partir de hoje não chamaria mais George de pastor já que isso, na visão dele, é um pano de fundo para as pessoas acharem que todo pastor faz esse tipo de coisa.

O senador também contou que logo quando a mídia divulgou a morte das crianças, se solidarizou com George e sua esposa Juliana Salles, mãe dos meninos. Ao longo do tempo, no entanto, Malta começou a desconfiar de George por causa de seu comportamento.

Durante o depoimento, o homem contou que nasceu em São Paulo, mas nunca conheceu a mãe e foi criado pelo pai e avós. Quando questionado pelo senador se foi abusado durante a infância, o pastor disse apenas que “sim”, sem dar maiores detalhes.

Malta confrontou George por diversas vezes sobre a versão do caso que ele deu para a polícia e questionou a calma aparente do pastor logo no dia seguinte à morte dos irmãos.

– Começaram a postar fotos suas na internet e muitas coisas me chamaram a atenção. Eu achei que faltou indignação em você. A indignação do justo. Eu não vi isso em você – observou o senador.

Em seguida, Magno Malta perguntou se George se arrependia de alguma coisa.

– Eu me arrependo de não ter mantido a dor que eu tava sentido, não ter demonstrado isso. Eu deveria ter ficado quieto. Eu sinto até hoje a dor, eu choro todos os dias pela morte dos meus filhos – respondeu.

O pastor negou diversas vezes durante a sessão que teria machucado, abusado e matado as crianças.

George Alves irá responder na Justiça por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulnerável. A soma máxima das penas chega a 126 anos.

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