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George Alves está depressivo e segue dizendo ser inocente

Informação foi dada pelo seu advogado, Helbert Gonçalves. Ministério Público devolveu inquérito à polícia para mais investigações

Henrique Gimenes - 06/06/2018 15h20 | atualizado em 06/06/2018 15h21

Pastor George Alves estaria depressivo e com dificuldade para dormir Foto: Reprodução/TV Gazeta

Preso desde o dia 28 de abril e acusado de ter molestado e assassinado seu filho e seu enteado, o pastor George Alves estaria muito depressivo e magro. A informação foi dada pelo advogado Helbert Gonçalves, que representa George, ao jornal Gazeta Online nesta terça-feira (5).

Segundo sua defesa, George segue dizendo que é inocente e que “não cometeu estes crimes” dos quais é acusado. Helbert Gonçalves disse ainda que ele está tendo dificuldades para dormir e que só consegue quando é medicado.

– Ele está extremamente abalado. Muito depressivo, sentindo toda essa situação. Ele está muito magro. Ele tem dificuldade para dormir, não está dormindo de noite, a não ser à base de remédios, e está numa situação muito delicada, com a mente muito abalada. É uma situação bem complicada – ressaltou.

Também nesta terça, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) devolveu o inquérito à polícia para que possam ser realizadas investigações complementares. O prazo para elas ficarem prontas é de cerca de 10 dias. Sobre este retorno, o advogado disse que ficou surpreso.

– A gente foi surpreendido com esse retorno dos autos para a delegacia e, segundo a promotoria, é para apurar algumas informações que faltam, apesar de já ter sido divulgado que o inquérito fora encerrado. Foram requeridas algumas diligências e estamos aguardando que elas sejam cumpridas – explicou.

Com pouco mais de um mês de investigações, a Polícia Civil concluiu que o pastor George matou o filho Joaquim, de 3 anos, e o enteado Kauã, de 6, carbonizados. Segundo o delegado André Costa, responsável pelo caso, os meninos foram agredidos depois de serem abusados sexualmente para ficarem desacordados e não tentarem fugir do fogo.

O crime aconteceu na cidade de Linhares, no Espírito Santo. O homicídio foi motivado exatamente para esconder os abusos. O caso chocou as autoridades a ponto de o chefe da Polícia Civil, Guilherme Daré, declarar que era pior do que o da menina Isabella Nardoni, assassinada pelo pai e pela madrasta em 2008.

George Alves deve responder por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulnerável. As penas máxima somadas chegam a 126 anos.

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