Gabriel Monteiro expõe coronel por não apreender caça-níqueis
Policial denunciou falta de ação do comandante da PM mesmo após provas
Gabriela Doria - 24/09/2020 12h58 | atualizado em 24/09/2020 13h47
O policial militar Gabriel Monteiro, que está licenciado da corporação, denunciou nas redes sociais que o comandante do batalhão de Copacabana, o tenente-coronel Marcos Alexandre Balbino, se negou a combater a exploração de caça-níqueis no bairro. Segundo Gabriel, o militar deu “desculpas esfarrapadas”.
No vídeo divulgado pelo youtuber, Gabriel confronta o superior e o chama para apreender as máquinas caça-níqueis que estão em estabelecimentos próximos do batalhão.
– A prova está aqui. É só a gente ir lá, apreender e levar presas as pessoas que cometem essa contravenção penal, que são crimes também. Já tem duas semanas que o senhor tem essas provas, mas todo mundo sabe que acontece há muito mais tempo – disse o soldado.
O tenente-coronel então se esquiva do questionamento e diz que as operações policiais devem ser embasadas em trabalhos de inteligência, que, segundo ele, demandam tempo.
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– As ações da Polícia Militar não são feitas de maneira intempestiva. Operações de inteligência são necessárias para anteceder as ações operacionais – argumentou o coronel.
Insatisfeito com a resposta do comandante, Gabriel Monteiro deixa o batalhão. “Se o senhor não fizer, eu vou fazer então”, disse Gabriel.
Após alguns minutos, o youtuber e uma viatura policial chegam a um dos estabelecimentos onde há caça-níqueis ativos.
– Imagina quanto que isso aqui [máquina] não dá para agentes públicos poderosos. […] Contravenção na cara do batalhão de Copacabana. Não aceito polícia corrupta. Já que o coronel não quis fazer, eu faço. Por que será que não quis fazer? Não aceitamos erros de poderosos – disse o youtuber.
Gabriel Monteiro e sua equipe visitaram ao todo três pontos comerciais que exploram máquinas de caça-níquel. Segundo o vídeo, a ação dos policiais terminou com a apreensão de “várias máquinas” e com a detenção de “um velho conhecido da polícia por roubo e fuga de presídio”.
– Tanto tempo pro coronel fazer isso e nós estamos solucionando o caso em menos de uma hora. Não é porque somos poderosos, gigantes, desbravadores… É porque temos sede de justiça. Por que o coronel, com toda estrutura e no alto escalão, não conseguiu fazer isso e a gente sim? – questionou o soldado.
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