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Fumaça dos incêndios na Austrália chega ao Brasil

Fenômeno pode ser percebido por moradores da fronteira com Uruguai e Argentina

Ana Luiza Menezes - 07/01/2020 17h27 | atualizado em 07/01/2020 19h43

Fumaça dos incêndios na Austrália chega ao Rio Grande do Sul trazida por vento Foto: EFE/Sean Dave

Percorrendo mais de 12 mil quilômetros carregada pelo vento, a fumaça dos incêndios florestais que afetam a Austrália chegou ao Sul do Brasil, mais especificamente ao Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (7). Isso ocorreu porque tanto o Rio Grande do Sul como a Austrália estão localizados praticamente na mesma altura do globo terrestre, entre os paralelos 25 e 30 ao sul do Equador, explicou a meteorologista Estael Sias, da MetSul, que tem monitorado o fenômeno.

Antes de chegar ao estado sulino, a fumaça passou pelo Oceano Pacífico, parte do Chile, da Argentina e Uruguai, carregada por uma corrente de vento na direção que se movimente de oeste a leste do planeta. Nesses países, a fumaça foi percebida ainda na segunda-feira.

– Existe uma corrente de vento, a cerca dez mil metros de altura [dez quilômetros], que tem uma velocidade que varia de 200 a 300 km/h. As nuvens do tipo pyrocumulus, que se formam quando há atividade vulcânica ou incêndios, por exemplo, jogam a fuligem para altitude. Quando a fuligem chega lá, a corrente de vento transporta a fumaça – explicou Sias, mestre em meteorologia pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP).

Ainda de acordo com a meteorologista, esse vento impacta o setor de aviação. Quando uma aeronave está a seu favor, se beneficia gastando menos combustível. Quando está em direção oposta da corrente, ocorre o inverso.

– Por causa da altitude da fumaça sobre o Rio Grande do Sul, não há riscos ambientais e para a saúde – garantiu a meteorologista.

Publicação do MetSul Foto: Reprodução

O fenômeno pode ser percebido por moradores da fronteira oeste, na divisa do estado com Uruguai e Argentina, em forma de névoa em coloração cinza mesmo sem nuvens de chuva sobre a região.

Na Região Metropolitana de Porto Alegre também há fumaça, embora não visível. A fumaça sobre o sul do Brasil pode ser identificada em satélites de alta resolução, como os da Nasa, a agência espacial americana.

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