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“Foram tiros de reação”, diz Bope sobre atuação de policiais na BA

Comandante do grupo alegou que os disparos feitos pelos agentes foram uma reação à ação do soldado Wesley

Paulo Moura - 29/03/2021 11h16 | atualizado em 29/03/2021 13h05

Policial morreu após protesto no Farol da Barra Foto: SSP-BA/Alberto Maraux

Os tiros que mataram o policial militar Wesley Góes após um protesto feito por ele no Farol da Barra, em Salvador (BA), entre a tarde e noite de domingo (28), não foram programados pela equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). A alegação é do major Cledson Conceição, comandante do grupo. Segundo ele, os disparos foram uma reação à ação de Wesley.

– Infelizmente, a atuação da tropa não foi uma situação confortável. Aqueles foram disparos de reação, e quando ocorrerem as investigações, isso vai ser entendido de uma melhor forma – declarou o comandante, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (29).

Cledson disse ainda que os policias também usaram armamentos não-letais durante a ação, como balas de borracha (munição de elastômero) e granadas, mas não foi o suficiente para conter a ação do policial.

– A nossa equipe está sempre procurando utilizar os recursos disponíveis em nível de força, sempre elevando o nível de força a depender da resposta que a tropa seja recebida. No primeiro momento, quando ele iniciou os primeiros disparos, a nossa célula utilizou munição de elastômero e granadas – detalhou.

O comandante do Bope afirmou que a negociação que iniciou durante a tarde e durou até a noite foi baseada na tentativa de “trazer o policial à realidade”. Entretanto, segundo Conceição, não houve retorno por parte de Wesley.

– A nossa linha reação era tentar trazer ele para a realidade. O nosso negociador estava trabalhando nessa linha, mas em nenhum momento houve esse retorno. Nesse tipo de situação de força inepta, sempre há a possibilidade de outros desdobramentos acontecerem e infelizmente o resultado foi aquele – completou.

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