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Flordelis revela conflito entre pr. Anderson e o filho Lucas

Deputada deu entrevista ao Fantástico

Gabriela Doria - 01/07/2019 10h37 | atualizado em 01/07/2019 11h50

Deputada federal Flordelis revelou desavença entre pastor Anderson do Carmo e o filho Lucas, de 18 anos Foto: Reprodução

A deputada federal e cantora gospel Flordelis dos Santos Souza (PSD-RJ) afirmou que seu marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado há duas semanas, teve desentendimentos com Lucas dos Santos, de 18 anos. Lucas é um dos filhos adotivos do casal e está preso temporariamente pelo crime.

Flordelis falou em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, exibida na noite deste domingo (30).

Além de Lucas, Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos, filho biológico, confessou participação no crime e também está preso. A defesa dele tenta anular o depoimento em que ele fez a confissão.

Ao ser perguntada se existia alguma briga entre os irmãos, Flordelis negou, mas disse que o pastor não aceitava que Lucas estivesse envolvido com “coisas erradas”.

– Nós éramos normais como qualquer outra família. A única coisa que o meu marido tinha era com o Lucas, mas era coisa de pai, que ele não aceitava o meu filho ter saído de casa e estar vivendo, fazendo algumas coisas erradas – disse a deputada.

O filho, que não morava na casa junto com os pais, já esteve em uma instituição socioeducativa antes de ser apontado pela polícia como o segundo suspeito da morte de Anderson. Ele foi preso após o assassinato, antes mesmo das suspeitas, já que era procurado por envolvimento com tráfico de drogas, por uma infração cometida quando ainda era adolescente.

– O Lucas era um menino muito fechado, muito revoltado. Acredito que pela infância que ele teve. O pai dele era bandido, ele foi criado por esse pai, a mãe morreu de câncer – afirmou a deputada.

Imagens das câmeras de segurança mostraram que Lucas chegou na casa da família e saiu pouco antes do crime. O casal possui 51 filhos adotados. Na noite do assassinato, 35 filhos do casal estavam na casa e mais de 20 já prestaram depoimento à polícia.

Flávio, ao contrário, se dava muito bem com o pai, segundo Flordelis.

– O Flávio era um menino, o Flávio estava casado, houve uma briga com a esposa, um desentendimento, voltou para casa, me obedecia, me respeitava (…) Esse tempo todo, eles [Flávio e o pastor Anderson] estavam muito bem – disse.

Ao ser perguntada se acredita na inocência dos dois filhos, a deputada disse não acreditar “em nada”.

HORAS ANTES DO CRIME
Flordelis também contou na entrevista que teve uma noite romântica com o marido antes de ele ser assassinado a tiros ao chegar em casa, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, na madrugada do dia 16.

– Saímos para namorar, curtimos bastante, passamos uma noite assim, muito boa, incrível – afirmou a deputada.

Ela disse que ao chegar em casa, o marido fez sinal para que o portão da garagem fosse aberto e o casal entrou com o carro. Já dentro do imóvel, ela diz que desceu do carro e subiu as escadas da casa, deixando o marido para atrás.

– Ele não saiu junto comigo, eu saí primeiro do carro. Ele ficou e eu entrei, subi as escadas, cheguei no meu quarto. Estava silêncio. Eu ouvi os tiros, me assustei. Foram pá pá pá pá, pá pá – disse ela.

Questionada sobre por que o pastor ficou mais tempo do que ela no carro, Flordelis afirmou ter pensado que ele pegaria uma mochila.

DISPAROS
As investigações da Polícia Civil apontam que o corpo de Anderson possui mais de 30 perfurações por bala.

– Ouvi quatro tiros seguidos e mais dois. Meus filhos que estavam acordados falaram também a mesma quantidade de tiros ouvido, ouviram seis tiros – relatou.

Ela também repetiu que não sabe do paradeiro do telefone celular do pastor, que sumiu depois do crime e a polícia ainda não conseguiu localizá-lo. Testemunhas chegaram a apontar que o telefone teria sido entregue para a deputada na confusão das primeiras pessoas que chegaram ao local do crime.

– Não me entregaram, e se me entregaram, eu não lembro – disse ela na entrevista.

Perguntada se confiava em todos os que moram no local, a parlamentar confirmou.

– [Em] Todas as pessoas que estavam morando comigo naquele momento, sim – disse.

A polícia afirma que todos que estavam na casa naquela noite são investigados pelo crime, mas a deputada não é formalmente considerada suspeita.

*Folhapress

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