Flordelis é intimada, mas não tem quebra de sigilo liberada
Flordelis é intimada, mas não tem quebra de sigilo liberada
Deputada irá falar sobre o assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo
Henrique Gimenes - 21/06/2019 22h01 | atualizado em 22/06/2019 13h35
A deputada federal Flordelis foi intimada a depor mais uma vez sobre o assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo. Ela será ouvida pela delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).
Flávio dos Santos, um dos filhos da parlamentar, confessou ter dado seis disparos contra Anderson. A polícia também obteve um vídeo que mostra Lucas, outro suspeito do crime, entrando na residência durante a madrugada com uma mochila. Inicialmente ele havia negado ter estado no local no dia do crime.
A polícia também informou que a Justiça autorizou a quebra dos sigilos telefônicos do pastor Anderson e de Flávio. Já a quebra do sigilo telefônico da parlamentar foi negada.
O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do domingo (16) na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.
Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.
Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.
Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.
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