Paulo Moura - 14/08/2021 09h56

Presa em Benfica, na Zona Norte do Rio, para onde foi levada após decisão da juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, que decretou sua prisão preventiva, a ex-deputada federal Flordelis deve passar por audiência de custódia neste sábado (14) para então ser encaminhada a alguma unidade prisional do estado.

Detida na noite de sexta-feira (13), Flordelis deixou sua casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, carregando uma Bíblia e repetindo a seus familiares: “Amo vocês, fé em Deus”. Ela é acusada de ser a mandante da morte do então marido, o pastor Anderson, assassinado na porta de casa em 16 de junho de 2019, mas nega o crime.

Antes de ser detida, Flordelis divulgou um vídeo em suas redes sociais, no início da noite de sexta, confirmando que estava indo presa, e pedindo orações. Na gravação, ela dizia que estava sendo encarcerada por algo que não fez e que não praticou.

– Olá gente, chegou o dia que ninguém desejaria chegar. Estou indo presa por algo que eu não fiz, por algo que eu não pratiquei. Eu não sei para quê, mas estou indo com força e com a força de vocês. Orem por mim. Orem, orem. Uma corrente de oração na internet. Busquem a deus, está bom? Um beijo, amo vocês – disse.

A decisão sobre a prisão da ex-deputada aconteceu 48 horas após ela ter o mandato cassado no plenário da Câmara dos Deputados, e depois de dois pedidos de prisão: um feito pelos advogados da família de Anderson, que atuam como assistentes de acusação, outro pelo Ministério Público do Rio.

No pedido de prisão, o MP justificou que Flordelis atrapalhou as investigações sobre o caso, orientou réus e testemunhas e escondeu e eliminou provas importantes, como quando determinou que fossem queimadas as roupas do ex-marido.

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